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Por: Daniel Arruda Coronel*
Desde 2014, a economia brasileira vem passando por um processo de estagflação, aumento do desemprego e tendência de alta da inflação. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Economia (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) do país, em 2014 e 2015, foi respectivamente de 0,1% e -3,8%, sendo que o Índice de Preços ao Consumidor - Amplo (IPCA) foi de 6,41% e 10,67%, respectivamente. Além disso, a taxa de juros teve um aumento de 10,96% para 13,37% no período, já a dívida pública, em 2015, teve um aumento de R$ 498 bilhões em relação ao ano anterior.
Esses resultados são oriundos de uma política econômica equivocada, que diminuiu as receitas, através de desonerações, e não freou o crescimento do gasto público, bem como de um represamento dos preços dos combustíveis e da energia elétrica. Além dessas variáveis econômicas, o país passou por uma grave crise política, que aumentou a crise econômica e vice-versa.
Com o afastamento da presidente Dilma e, posteriormente, com a efetividade do presidente Temer, o governo brasileiro tentou dar uma nova conotação às suas diretrizes e ações, visando sinalizar ao mercado e aos investidores internacionais que o governo não tolera a inflação, o aumento do risco-país e os déficits econômicos, contudo os resultados de tais medidas não estão contribuindo para a reversão deste ciclo, o que mostra que o problema é mais denso do que se pensava anteriormente.
Neste sentido, faz-se pertinente a mudança do atual modelo econômico com ações efetivas para a retomada do crescimento, tais como: um amplo e significativo processo de reforma tributária objetivando desonerar o setor produtivo e taxar as grandes fortunas; uma reforma administrativa visando à maior eficiência e eficácia do Estado, sem perdas dos direitos dos trabalhadores; a redução da taxa de juros no país, a qual inibe o setor produtivo e acaba sendo atrativo para os rentistas; um projeto nacional de reindustrialização, com maiores investimentos públicos e privados e com a desvalorização cambial, o que irá contribuir para o aumento das exportações brasileiras; investimentos em pesquisa e tecnologia visando a uma maior agregação de valor; a “redução” do custo Brasil, o que onera o setor produtivo e recai sobre a sociedade através do aumento dos preços; e o fortalecimento das relações econômicas internacionais.
Portanto, se o governo continuar insistindo em medidas estritamente ortodoxas, chegaremos ao final de 2017 com mais inflação, mais desemprego e baixo crescimento econômico.
(Publicado no Diário de Santa Maria em 30.01.2017)
* UFSM
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