Brasil é um dos países que menos investe em educação
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Atualizada em
01/06/12 12h38m
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Constatação em pesquisa da OCDE criticada por Senador
O senador Eduardo Amorim (PSC-SE) lamentou na última terça (29), durante sessão no Senado, que o Brasil seja o país que menos investe em educação, de acordo com pesquisa realizada em 2004 pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) realizada em 24 países. A pesquisa, informou, é o estudo mais recente disponível sobre o assunto e constatou que o país investe apenas 3,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, bem distante da média mundial, que é de 6%.
O parlamentar informou que a situação piora quando se refere aos investimentos em educação fundamental, que não ultrapassam 2,9% do PIB. De acordo com o representante sergipano, as regiões Norte e Nordeste apresentam um quadro ainda mais crítico, sobretudo em suas áreas rurais. Afirmou que, nas escolas públicas, falta tudo, de professores a merenda escolar.
O senador disse que o magistério é a categoria de nível superior pior remunerada no Brasil. Ele citou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo os quais os professores recebem 60% menos que profissionais com mesmo patamar de formação.
Eduardo Amorim citou outra pesquisa da OCDE, segundo a qual o desempenho dos alunos brasileiros está bem abaixo da média mundial no aprendizado da leitura, de matemática e de ciências. Em 65 países pesquisados, o Brasil ficou na 53ª posição. Novamente, a situação é pior nas regiões menos desenvolvidas do país. O senador defendeu investimentos diferenciados em educação para cada região.
O parlamentar apoiou a proposta apresentada em Plenário na semana passada pela senadora Lídice da Mata (PSB-BA), para que o Brasil invista 10% do PIB em educação, para evitar um “apagão de mão de obra”. Ele lembrou que os professores de 43 universidades brasileiras estão em greve, enquanto diversos estados já enfrentaram greves nas redes estaduais de ensino este ano.
Para o presidente da SEDUFSM, professor Rondon de Castro, o senador do PSC deveria se aliar a outros parlamentares para conseguir passar a reivindicação dos movimentos sociais e sindicais, que defendem 10% do PIB para a educação.
Fonte e foto: Agência Senado
Edição: Fritz R. Nunes (SEDUFSM)