MEC recebe grevistas após marcha em Brasília
Publicada em
05/06/12 18h56m
Atualizada em
05/06/12 18h58m
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Manifestação reúne mais de 15 mil servidores
Uma manifestação histórica pelo que representou: a unidades de pelo menos 31 entidades de servidores federais, nesta terça, 5, durante Marcha a Brasília. A avaliação é da professora Adriana Zecca, do Centro de Educação Superior Norte do RS (Cesnors-UFSM), que integra o Comando Local de Greve dos docentes da UFSM e está em Brasília para compor o Comando Nacional de Greve ao longo desta semana. Ela participou da manifestação na Esplanada dos Ministérios que reuniu mais de 15 mil pessoas.
Ainda na parte da manhã, diretores do ANDES-SN e representantes do Comando Nacional de Greve dos professores federais foram recebidos pelo Ministro da Educação, Aloizio Mercadante. O encontro ocorreu durante a manifestação dos servidores públicos federais na Esplanada. Esta foi a primeira reunião do Comando Nacional de Greve com representantes do governo desde que a paralisação foi iniciada há 20 dias.
Mercadante informou aos docentes que o processo de negociação seguirá e que o Ministério do Planejamento deve voltar a se reunir com as categorias na próxima semana. No entanto, o Ministro ressaltou a questão do prazo de 31 de julho e disse que é necessário aguardar o desdobramento da crise financeira internacional para avaliar o impacto que terá na economia do país.
O ANDES-SN destacou que o tempo é uma questão política e que, agora, com o argumento do impacto no orçamento o governo está deturpando o método negociado e invertendo a lógica do que foi firmado no acordo emergencial de 2011, que prevê discutir primeiro a estrutura da carreira docente e depois o quanto a reestruturação irá custar e em quanto tempo ela será implementada.
“A greve é forte e o chamado do Ministro para a reunião reafirma isso. Já são 51 instituições paradas. Nós queremos a reestruturação da carreira, para uma mais simples, que valorize o trabalho docente e permita oferecermos ensino de qualidade. Para isso precisamos também de condições de trabalho, de salas de aula, laboratórios, bibliotecas”, disse Marina Barbosa, presidente do ANDES-SN, em entrevista após a reunião.
Ela ressaltou que a precariedade que vimos hoje é consequência de uma política de expansão desordenada e sem qualidade via Reuni, por isso o movimento quer também discutir os prazos e os critérios de distribuição entre as Ifes, dos novos cargos criados.
Marina destacou também que o movimento compreende os problemas apontados pelo ministro, mas que eles não podem servir mais uma vez de desculpas para que as negociações não avancem. “Na nossa opinião, o acordo emergencial não foi cumprido e o prazo nele estipulado já venceu [31 de março]. Na última reunião antes da greve, em 15 de maio, o governo nos apresentou a mesma proposta de dezembro de 2010. Ou seja, as negociações não avançam”, finalizou.
Texto: Fritz R. Nunes com informações do ANDES-SN
Fotos: Arquivo pessoal
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM