Docentes da UFPR aprovam indicativo de greve Publicada em
Atualizada em 05/08/11 17h38m
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Estudantes da instituição também deliberaram por aderir ao movimento

Cerca de 250 professores da Universidade Federal do Paraná estiveram presentes na Assembleia Geral, realizada no Auditório da Administração, no Centro Politécnico, ocorrida na tarde de quinta, 4. Por ampla maioria, os docentes aprovaram o indicativo de greve da categoria, entendendo ser este o caminho diante da intransigência do governo federal.

Para Astrid Ávila, presidente do CRAPUFPR, a deflagração de uma greve é necessária a fim de resistir às imposições do governo que desvaloriza o docente. "Deflagrar essa greve é dizer para esse governo que nós não somos ingênuos, que nós estamos percebendo que quando ele não nos dá reajuste e sinaliza com criação de nova classe no topo da carreira, ele está dizendo para nós que somente em 2024 alguns de nós possam estar ganhando um pouco melhor".

Movimento nacional

O início da discussão de uma possível greve nacional segue deliberação do Conselho Nacional das Associações Docentes (Conad) do Andes-SN. Até o dia 05 de agosto, os professores das universidades federais deverão realizar assembleias locais, discutindo e deliberando a respeito da necessidade de construção de uma greve nacional.

O setor das federais (Ifes) do Andes-SN se reunirá neste final de semana (6 e 7 de agosto) em Brasília, para avaliar as deliberações das assembléias locais acerca da necessidade de construção da greve nacional. A partir dessa avaliação se discutirá, nessa reunião, a possibilidade de construção do indicativo nacional de greve. O presidente da SEDUFSM, professor Rondon de Castro, participa da reunião do ANDES-SN.

Na Universidade Federal do Paraná foi aprovada a criação de uma Comissão de Mobilização, que contará com a participação de docentes de todos os setores da UFPR. A primeira reunião acontece no dia 9 de agosto, na sede da APUFPR, às 16h. Cerca de 20 docentes já compõe essa comissão.

Estudantes da UFPR

O segmento estudantil da Universidade Federal do Paraná também aprovou adesão à greve. Conforme uma das coordenadoras do DCE na instituição, Naiade Piva, cerca de 500 pessoas participaram da assembleia, na tarde desta quinta, 4. Um dos pontos que constam da cartilha de reivindicações do alunado é a melhoria de qualidade dos cursos oferecidos pela universidade.

Na UFPR, o semestre letivo, que iniciaria na última segunda, 1, foi adiado pelo Conselho de Ensino da instituição (Cepe). O motivo é a dificuldade na efetivação das matrículas em função da greve dos técnico-administrativos. Na última quarta, 3, o Conselho Universitário da instituição aprovou moção de solidariedade à greve dos técnicos.

Docentes da UFF

Os professores da Universidade Federal Fluminense (UFF) também realizaram assembleia na tarde desta quinta, 4. Conforme a a assessoria de imprensa daquela seção sindical, 30 docentes estiveram presentes e aprovaram a indicação do 56º Conad, de proceder a construção da greve. O tom predominante das interveções, durante a plenária, foi de que o movimento docente precisa dar uma resposta aos ataques que o governo federal vem praticando contra a Universidade pública e contra o conjunto do funcionalismo público.

Texto: Fritz R. Nunes com informações da APUFPR, DCE da UFPR e ADUFF
Foto: APUFPR
Assessoria de Impr. da SEDUFSM