Reitor da UFSM prefere pesquisa a estatuinte SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 18/06/12 19h07m
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Felipe Müller falou em atividade dos segmentos em greve

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Müller praticamente descartou a realização de uma Estatuinte na UFSM

Se depender do reitor da UFSM, professor Felipe Müller, o pleito das entidades, de convocação de uma estatuinte universitária, protocolado em documento, ainda em 2010, não acontecerá. A posição do dirigente da universidade foi bastante clara na tarde desta segunda, 18, em intervenção feita por ele, a convite dos três segmentos, em ato que aconteceu nos períodos da manhã e da tarde junto ao prédio da reitoria.

Felipe Müller afirmou que o debate sobre uma reestruturação acadêmico-administrativa deverá envolver toda a comunidade universitária e, que, para que isso ocorra, o método a ser utilizado é uma pesquisa em que as unidades e subunidades possam ser ouvidas. Isso não inviabiliza, segundo ele, as reivindicações das entidades representativas, como a SEDUFSM, Assufsm e DCE, porém, considera que a forma da pesquisa é mais democrática. Sobre a metodologia dessa pesquisa, a decisão, ressaltou, será dos Conselhos Superiores da instituição.

Mesmo contraditado pelas representações das entidades, de que a realização, por exemplo, da pesquisa, não impede a instalação de uma Estatuinte, o reitor deixou claro que seu modo de ver é diferente. Segundo ele, a discussão sobre alterações na estrutura da universidade parte do PDI (Programa de Desenvolvimento Institucional), considerado por ele um instrumento bastante democrático, por ter levado em conta a participação de duas mil pessoas, que enviaram sugestões através da internet. Na avaliação de Müller, apesar de haver, na teoria, uma autonomia universitária, na prática não seria bem assim. Ressaltou ainda que um processo de mudanças na estrutura da UFSM é delicado, gradativo, e que não pode ser resolvido em uma assembleia de greve.

Na intervenção do representante do DCE, José Luiz Zasso, e da professora Fabiane Costas, do Comando de Greve docente, ficaram claras a decepção e a contrariedade ao discurso do reitor, que esteve no ato unificado acompanhado de quase todos os pró-reitores e assessores próximos. Na avaliação docente e discente, o debate sobre uma estatuinte na UFSM se desenrola há mais de duas décadas e precisa de uma atenção e de uma resposta da Administração, para que a discussão não continue se alongando no tempo.

Tania Flores, da coordenação geral da Assufsm, também rebateu o comentário do reitor de que uma mudança estrutural da universidade não poderia ser feita em uma assembleia de greve. Ela lembrou que a discussão feita nesta segunda não surgiu do nada, pois pelo menos desde outubro de 2010 existe uma solicitação das entidades, e manifestada em documento protocolado, para que o Conselho Universitário avalie a questão de convocar uma Estatuinte.

Greve

Representantes da Assufsm e do Sinasefe aproveitaram a oportunidade para questionar o reitor sobre possíveis perseguições durante o processo grevista. Müller disse que a posição da reitoria tinha ficado muito clara em nota divulgada na primeira semana de paralisação dos professores, ainda no final de maio. O reitor enfatizou que mantém a posição de que não haverá represália aos grevistas, todavia, sobre a questão de desconto de dias parados, por exemplo, destacou que é uma negociação no pós-greve. Segundo ele, todos que entram em um movimento paredista devem estar conscientes dos riscos que enfrentarão.

Ao final da atividade, o dirigente do DCE, Leonardo Oliveira, entregou um documento ao professor Felipe Müller com a pauta de reivindicações dos estudantes, que aprovaram greve no dia 30 de maio. O reitor confirmou uma audiência com o Diretório para a próxima sexta, 22, quando já tiver retornado de Brasília.

Texto e fotos: Fritz R. Nunes
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM

 

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