Dificuldade na negociação fortalece greve de servidor
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22/06/12 16h12m
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Condsef avalia crescimento de paralisação em ministérios
Em uma quinta de quatro reuniões (Tecnologia Militar, AGU, Dnit, FNDE e Inep, no Ministério do Planejamento ainda sem avanços e sem apresentação de propostas concretas aos servidores, três estados confirmaram paralisação de setores da base da Confederação dos Servidores Federais (Condsef), ampliando o cenário da greve do funcionalismo federal.
Os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Maranhão se juntam a Pará, Sergipe, Amapá, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Distrito Federal na paralisação por tempo indeterminado. A greve na base da Condsef já atinge os seguintes setores: Funasa, Incra, Agricultura, Arquivo Nacional, Saúde, Desenvolvimento Agrário, Justiça, Trabalho e Emprego e Previdência Social. Nesta quinta os servidores da sede da Funai em Brasília também aprovaram a adesão ao movimento.
Servidores da Agricultura e HFA no DF também confirmaram paralisação a partir desta segunda, 25 de junho. Nesta quinta, na capital federal, cerca de mil trabalhadores públicos em greve realizaram manifestação em frente ao Palácio do Planalto. Representantes da Condsef e Sindsep-DF foram recebidos pela Secretaria Especial da Presidência.
As entidades relataram as dificuldades enfrentadas no processo de negociações no Ministério do Planejamento. Desde janeiro, os servidores lutam para que alguma proposta concreta seja apresentada às reivindicações já protocoladas junto ao governo. A expectativa é de que o ministro Gilberto Carvalho interceda junto à ministra Miriam Belchior na tentativa de destravar as negociações e buscar uma solução para os conflitos instalados em diversas categorias e que estão se espalhando pelo Brasil.
Na próxima semana uma série de assembleias está confirmada e a greve - que teve início com os professores há mais de um mês e atinge ainda técnico- administrativos das universidades, estudantes e institutos de educação federal - deve se ampliar.
Acampamento da greve
Na próxima terça, 26, a Condsef discute com outras entidades nacionais que tem sua base em greve, a realização de um acampamento na Esplanada dos Ministérios, que ocorreria na primeira semana de julho. O objetivo é promover uma vigília que consiga obter avanços no Planejamento e apresentação de alguma proposta concreta aos setores mobilizados.
Já na quarta, 27, a Condsef realiza uma reunião do seu Conselho Deliberativo de Entidades (CDE) onde deve organizar a instalação do Comando Nacional de Greve de sua base e reforçar a necessidade de suas entidades filiadas ampliarem e fortalecerem a greve nos estados. “A situação dos servidores está grave. Para mudar esse cenário, só a greve”, alerta o diretor da Confederação, Sérgio Ronaldo da Silva. Sérgio participou da manifestação desta quinta em frente ao Palácio do Planalto e esteve nas reuniões ocorridas.
Fonte e foto: Condsef
Edição: Fritz R. Nunes (SEDUFSM)