Reajuste dos servidores do Executivo é avaliado em R$ 60bi
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Atualizada em
02/07/12 16h45m
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Mesmo com a pressão da categoria, governo diz que valor é inviável
Avaliando apenas a reivindicação de reajuste salarial dos servidores civis do Poder Executivo, o Ministério do planejamento (MP) não vê boas perspectivas nos números. Segundo os cálculos do MP, o reajuste, se concedido, custaria R$ 60 bilhões anuais. Nesse cenário, mesmo com a pressão de diversas categorias do funcionalismo público federal, que em greve reivindicam reajustes salariais, o governo é taxativo ao afirmar que o valor é inviável.
Formada pelos ministros da área econômica, a Junta Orçamentária tem avaliado a situação tendo em vista o prazo de 31 de agosto, data na qual o governo deve enviar ao Congresso a proposta de Orçamento Geral da União (OGU) para o ano de 2013. No OGU o governo deve apresentar as previsões de reajuste, além dos Projetos de Lei (PLs) que serão elaborados nesse sentido.
O secretário de Relações do Trabalho no Serviço Público do Ministério do Planejamento, Sérgio Eduardo Arbulu Mendonça, afirmou que o governo já realizou mais de 130 rodadas de negociação com diversas categorias nos últimos quatro meses. Baseado nessas conversas, segundo Mendonça, o governo deve apresentar uma resposta definitiva entre 31 de julho e 31 de agosto, data limite para apresentar o OGU. Até lá, o governo seguirá avaliando os pedidos das categorias e, segundo o secretário, buscando um acordo.
Para o presidente da SEDUFSM e 3º secretário do ANDES-SN, Rondon de Castro, as rodadas de negociações as quais Sérgio Mendonça se refere, tratam-se, na verdade, de uma piada. “O Mendonça vem falar em 130 rodadas de negociação, mas se esquece de dizer que de nada adiantam reuniões onde o governo finge que ouve, sai de lá e segue como se estivesse tudo maravilhosamente bem. Para o governo essas reuniões foram mera encenação e eles pensaram que iriam acalmar os servidores com a desculpa do ‘estamos ouvindo vocês, vamos dialogar’. Nós cansamos de negociar, de expor nossas pautas e, indo além, nossas propostas, nós cansamos dessa piada e o resultado está aí: a greve”, afirmou Rondon.
Fonte: O Globo
Foto: Sintseppa
Edição: Rafael Balbueno
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM