Docentes, TAEs e estudantes protestam em frente ao MEC
Publicada em
04/07/12 20h36m
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Após manifestação, Comandos de Greve são recebidos pela Sesu
Com o objetivo de cobrar a negociação imediata do governo com o movimento grevista, docentes, técnico-administrativos em educação (TAEs) e estudantes realizaram manifestação em frente ao Ministério da Educação (MEC) na última terça-feira, 3. A atividade foi inicialmente planejada pelo Comando Nacional de Greve (CNG) Estudantil, mas também contou com a participação dos CNGs do ANDES-SN, do Sinasefe e da Fasubra. A manifestação reuniu cerca de cem pessoas.
Em paralelo ao ato em Brasília, diversas outras cidades do país também realizaram manifestações, marcando o dia 3 de julho como Dia Nacional de Luta pela Educação. Fazendo referência justamente ao movimento nacional, os estudantes montaram em uma das paredes laterais do prédio do MEC um mural com cartazes que continham o nome de todas as IFE em greve no país.
Após o término da manifestação, uma comissão composta por integrantes de todos os CNGs presentes foi recebida pelo secretário de Ensino Superior do MEC (Sesu/MEC), Amaro Lins, pelo Secretário Executivo Adjunto do MEC, Francisco das Chagas Fernandes, e pelo membro da diretoria de Desenvolvimento da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), Aléssio Barros. No encontro, além de falar sobre suas reivindicações, as entidades cobraram do ministério uma agenda de negociações.
ANDES-SN cobra prazo
Presente na reunião, a presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira, lembrou os secretários do compromisso assumido pelo MEC em reunião realizada com o movimento grevista dos docentes no dia 12 de junho. Na ocasião o governo se comprometeu em apresentar uma proposta até o dia 2 de julho, ou seja, na última segunda-feira. Marinalva ainda lembrou que os três segmentos realizaram atividade na última segunda, em frente ao Ministério do Planejamento (MP), cobrando o secretário Sérgio Mendonça para que o governo apresente uma agenda de negociações.
Em sua defesa, Amaro Lins e Francisco Chagas afirmaram estar empenhados para que a reunião seja marcada o quanto antes. Mesmo assim ambos apontaram que a criação de uma agenda de negociações não depende só do MEC, mas também de outros ministérios. Em resposta, Marinalva foi direta. “A categoria está muito indignada e já não acredita mais nas promessas do governo. Precisamos de respostas. Se vocês já têm algo concreto, então que apresentem”, cobrou a presidente do ANDES.
Além disso, as entidades presentes lembraram que muitas das reivindicações são de responsabilidade direta do MEC, como os critérios para a distribuição das vagas aprovadas no PL 2134/2012. Em outro momento, os manifestantes cobraram que a Sesu/MEC chame uma mesa de negociação com a presença do ANDES-SN, do Sinasefe, da Fasubra e, também, do CNG dos estudantes, onde deverá ser discutida a distribuição de vagas entre as IFE. Amaro Lins, em um primeiro momento, não concordou com a proposta, mas acabou cedendo e se comprometendo em contatar as entidades até sexta-feira, 6, para agendar uma reunião. Sobre a distribuição de vagas, Lins afirmou que 1400 destinadas a docentes nas IFE serão ocupadas, ainda em 2012, por docentes que já foram aprovados em concurso, mas ainda não foram convocados. Outras 8 mil vagas devem ser abertas, através de concurso público, também em 2012, para atender às demandas de expansão do Reuni.
Fonte e fotos: ANDES-SN
Edição: Rafael Balbueno
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM