Colunista aponta expansão como responsável pela greve SVG: calendario Publicada em 19/07/12 12h37m
SVG: atualizacao Atualizada em 19/07/12 12h48m
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Com ampliação, orçamento deveria ser prioridade, afirma educador

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O educador Mateus Prado, em coluna publicada nessa quarta-feira, 18, no site Último Segundo, aponta o processo de expansão das universidades federais como o principal fator responsável pela greve. Segundo o colunista, para promover tal ampliação o governo deveria situar entre suas prioridades o orçamento para a educação. No texto, Prado lembra que passamos, desde o primeiro mandato do ex-presidente Lula, de 45 para 59 universidades federais. Além disso, todas elas, recém-criadas ou não, aderiram ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), somando a abertura de mais de 120 novos campi por todo o Brasil.

Conforme avalia Prado, a expansão é sim um processo fundamental para que mais brasileiros tenham acesso ao ensino superior público, mas, para isso, é imprescindível o aumento no orçamento do setor, além de uma melhor gestão nas instituições. Infelizmente, como exemplifica o colunista, não foi esse o processo colocado em prática. Citando alguns exemplos, Prado apresenta a situação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), no campus de Guarulhos, ainda sem refeitório, da Universidade Federal do ABC (UFABC), ainda sem laboratórios, e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no campus de Macaé, ainda sem Hospital Universitário (HU) para os estudantes de medicina. Sobre os HUs, o colunista lembra que a grande maioria desses estão em processo de sucateamento.

A base e o topo da carreira

Tratando-se do corpo docente, a coluna lembra o crescimento do número de professores que entraram na base da carreira com o piso de cerca de R$1.500,00 (20h). Nesse contexto, o colunista salienta que existem salários maiores que esse valor já entre professores novos, mas nada comparado aos R$12.000,00 divulgados pelo governo, com a perspectiva de alcançar R$17.000,00 já em 2015. Mesmo com as diferenças entre as remunerações dos novos docentes e aqueles com mais tempo nas instituições, os compromissos em sala de aula mantem-se para ambos, sendo ainda agravados por uma meta do reuni de 18 estudantes por professor nas universidades públicas federais. Nesse processo, naturalmente a organização acadêmica repassa aos mais novos as maiores dificuldades, frustrando toda uma nova geração de professores.
 

A proposta apresentada pelo governo na última sexta-feira, 13, nesse quesito, oferecerá o aumento de 45% apenas para aqueles que estão no topo da carreira, posição a qual a maioria dos docentes nunca chegará. Para os demais níveis, segundo o colunista, efetivamente o valor é de 29% que será pago integralmente apenas em 2015. Esse valor, pelo andar da economia, será, em boa parcela, consumido pela inflação, representando um aumento real de cerca de 6% ou 7%. Em outros casos, ironicamente, a remuneração deve inclusive diminuir, como no caso dos professores em início de carreira, que devem passar a ganhar R$ 1.800,00 em 2015, o que representa um acréscimo absolutamente consumido pela inflação.

O artigo de Mateus Prado pode ser lido na íntegra clicando aqui.

Fonte: Último Segundo
Foto: ceipev.blogspot.com.br
Edição: Rafael Balbueno
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM

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