Grevistas da UFSM protestaram na marcha em Brasília
Publicada em
20/07/12 17h22m
Atualizada em
20/07/12 17h31m
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Professor, estudantes e TAEs viajaram mais de 36h
A marcha do último dia 18, em Brasília, teve entre as cerca de 20 mil pessoas, uma delegação de Santa Maria integrada por dois ônibus: um composto por técnico-administrativos em educação (TAEs) e outro composto pelo professor aposentado e membro do Comando Local de Greve (CLG), Getúlio Lemos e mais 21 estudantes. Foram mais de 36h até a capital federal e a mesma quantidade de horas para o retorno. A delegação chegou de volta nesta sexta, pela manhã.
Na avaliação do professor Lemos, a marcha foi significativa, pois causou um impacto na administração pública e procurou abalar a estabilidade do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). “Foi um ato democrático, dentro dos direitos de todo cidadão, mas muito denso, que infelizmente não teve uma recepção muito amistosa de parte dos governantes, que colocaram em ação a polícia, com sua truculência. Isso tudo termina com a prisão de uma professora e uma estudante”, completa Lemos.
Para o coordenador de Comunicação da ASSUFSM, Alcir Martins, a participação de estudantes, TAEs e do professor de Santa Maria na manifestação em Brasília foi mais um momento de sacramentar a unidade que os três segmentos vêm construindo na UFSM. “Todas as greves são solidárias entre si, mas, ao mesmo tempo, são autônomas. Com esta unidade estamos conquistando vitórias locais e nacionais”, pontua Martins.
Durante a viagem de volta, os estudantes também realizaram avaliação da caminhada, considerando positivas a participação e a oportunidade oferecida pela SEDUFSM. Já Lemos destacou que vários participantes procuraram se inserir em grupos de discussão após a marcha, inclusive o próprio professor procurou participar de atividades do ANDES-SN.
“Santa Maria ofereceu uma contribuição a esse movimento nacional, acrescentando no número e na qualidade dos manifestantes. O saldo político ficará mais claro junto aos nossos pares aqui no Comando Local de Greve, pois os participantes chegaram com novas ideias e novas orientações acerca das formas de mobilização”, ressalta o professor.
Getulio Lemos acredita, ainda, que a marcha sinalizou ‘um empurrão a favor da abertura de negociação, porque, na verdade, todo esse movimento tem como objetivo a procura do diálogo’, finalizou ele.
Texto e fotos: Bruna Homrich (estagiária)
Edição: Fritz R. Nunes (SEDUFSM)