Grevistas bloqueiam CPD da UFSM pelo segundo dia
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26/07/12 11h43m
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Manifestantes conseguiram se reunir com reitoria
Em mais um dia de mobilizações radicalizadas para pressionar o governo federal a negociar com a categoria, os técnico-administrativos em educação (TAEs) da UFSM, acompanhados de alguns docentes e estudantes, bloqueiam nesta quinta, 26, pelo segundo dia consecutivo, a entrada do Centro de Processamento de Dados (CPD) da instituição. O ato, além de ser considerado necessário para negociação nacional, é sustentado por uma pauta local dos servidores: reconhecimento, por parte da reitoria, da Comissão paritária que discuta a flexibilização da jornada de trabalho na UFSM.
No dia de ontem, representantes dos TAEs foram até o prédio da administração central da universidade, solicitar ao reitor Felipe Müller que atendesse à reivindicação local da categoria. “Solicitamos que o reitor emitisse uma portaria para comissão paritária, no entanto, ele afirmou que não irá reconhecer a comissão enquanto não haja representantes da reitoria nela. O reitor se mostrou aberto ao diálogo”, disse a TAE Alice Neocatto.
Na manhã desta quinta, a categoria se reuniu com representantes da reitoria, em um encontro que tinha como pautas a questão da federalização da creche Ipê Amarelo e a jornada de trabalho. Alice explica que, atualmente, 50% das vagas na creche são destinadas aos TAEs, 45% aos docentes e 5% aos estudantes. Os técnico-administrativos querem esclarecimento de como será o funcionamento e como serão divididos os percentuais agora, uma vez que o Ipê passou a ser aberto para a comunidade externa.
Os professores Adriano Figueiró, Getulio Lemos e Fabiane Costas fizeram-se presentes já no início da manhã no ato. Fabiane explica que a presença se dá em caráter de apoio e construção, uma vez que, na reunião do Comando Local de Greve (CLG) docente na última quarta-feira, 26, foi deliberado a participação no ato radicalizado da greve. “Alguns locais são estratégicos da UFSM, o CPD é um deles. Estamos quebrando a cotidianeidade na instituição”, diz a professora, que, parafraseando o educador Paulo Freire, finaliza assinalando que a greve é inerente à docência.
Assembleia
Em decorrência da radicalização, a assembleia dos TAEs de hoje, que ocorreria no Auditório da Química, foi transferida para o CPD, às 13h30min. As pautas da assembleia são a jornada de trabalho de 30 horas e a avaliação da greve.
Os técnico-administrativos, docentes e estudantes estão propostos a permanecer durante toda esta quinta-feira bloqueando a entrada do Centro, em mais uma atividade de greve que apontou para a necessidade da união entre os segmentos que compõe a universidade e que hoje se vêem colocados sob a mesma lógica de precarização e sucateamento do ensino público brasileiro.
Texto e fotos: Bruna Homrich (estagiária)
Edição: Fritz Nunes (Jornalista)
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM