CLG se reúne com diretores e coordenadores SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em
SVG: views 720 Visualizações

Adiamento do calendário acadêmico foi eixo central da conversa

Alt da imagem
Pedido de adiamento do calendário será entregue a conselheiros

Em atividade realizada na tarde dessa segunda-feira, 30, no auditório Pércio Reis (Centro de Tecnologia – CT) os membros do Comando Local de Greve docente estiveram reunidos com diretores de centro e coordenadores de curso da UFSM. A principal pauta da conversa foi o adiamento do calendário acadêmico, além das diversas dúvidas dos docentes sobre como atuar frente a exigências com o início do segundo semestre e a greve. Estiveram presentes, também, representantes do Comando Local de Greve dos técnico-administrativos em educação (TAEs) e estudantes. Ao todo participaram da reunião 40 pessoas.

A grande maioria dos presentes, inclusive docentes que não aderiram à greve, manifestaram-se contrários ao início do segundo semestre. A posição foi justificada pela não finalização plena ainda do primeiro semestre, além de todos os problemas que poderão ser gerados se dois calendários acadêmicos distintos foram oferecidos paralelamente. Se isso acontecer, temem os docentes que faltem salas de aula, bem como ocorram conflitos de horário para as disciplinas.

Nesse sentido, foi aprovado um documento que será entregue aos membros do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) em reunião programada para às 8h30min da próxima quarta-feira, 1, também no auditório Pércio Reis. No texto, endossado pelos presentes, solicita-se aos conselheiros do CEPE o adiamento do calendário acadêmico e esclarecimentos sobre como proceder com relação aos trâmites administrativos típicos do início de semestre.

Calendário duplo

Para os professores presentes na reunião, a possibilidade de existência de dois calendários, um para o prosseguimento das aulas que não foram paralisadas no primeiro semestre e outro para avaliar as situações de greve, oferecerá grandes problemas. Dessa forma, como afirma o professor Paulo Afonso Burmann, diretor do Centro de Ciências da Saúde (CCS), o trabalho que está sendo realizado com os coordenadores de curso é para que o semestre não inicie. “Não há condições de nós termos dois calendários funcionando, do ponto de vista acadêmico isso seria um desastre. Os estudantes estão em greve, os professores estão em greve, os técnicos estão em greve e não há uma perspectiva de saída da greve. Vamos imaginar que em um período próximo haja a saída dos docentes da greve. Nós não podemos admitir o funcionamento da universidade com os técnicos em greve. Iniciar o semestre sem biblioteca, sem restaurante universitário, sem apoio administrativo e sem apoio de laboratório. Como isso vai funcionar?”, questionou Burmann.

A diretora do Centro de Educação (CE), professora Helenise Sangoi, posicionou-se no mesmo sentido, criticando, inclusive, a oferta de disciplinas. Segundo a professora, as disciplinas estão sendo disponibilizadas sem a permissão dos professores. “A oferta (de disciplinas) nem deveria ocorrer. A reitoria, por solidariedade ao movimento grevista, deveria ter usado uma sigla para o aluno se matricular e poder manter o vínculo, e evitar todos esses constrangimentos que os coordenadores vão passar”. Além disso, a professora pondera que com o calendário duplicado não haveria infraestrutura suficiente para receber todos os estudantes.

Problemas

Muitos foram os problemas apresentados pelos docentes na reunião dessa segunda. Entre os principais, por exemplo, está o oferecimento de disciplinas sem a conclusão plena no primeiro semestre letivo de 2012. Nesse ponto, podem ser citadas as situações em que a exigência de disciplinas de pré-requisito, programadas para o primeiro semestre como base para outras disciplinas, mas não ofertadas em decorrência da greve, impedem o prosseguimento das atividades. Essa questão atinge, inclusive, estudantes de cursos que não paralisaram suas atividades, mas contam com disciplinas de outros cursos como parte da grade curricular. Um índice não oficial estima que 40% das disciplinas oferecidas no primeiro semestre de 2012 não foram concluídas. Esses dados, se confirmados, evidenciam ainda mais a inviabilidade de que se inicie o segundo semestre.

Outra questão apresentada durante a reunião foi o caso de estudantes que precisam concluir o curso. Conforme ponderou o professor Rosalvo Sawitzki, vice-diretor do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD), em algumas situações os estudantes foram aprovados em concursos públicos e precisam do diploma para assumir os cargos. Nesses casos, segundo explicou a professora Helenise Sangoi, as formaturas podem ser realizadas normalmente. “O que isso não implica é na necessidade de início do segundo semestre, uma coisa não está atrelada a outra“, explicou a professora.

Já no curso de História, conforme relatou o professor Júlio Quevedo, coordenador do curso e vice-presidente da SEDUFSM, as disciplinas sequer foram ofertadas. Com a secretaria de curso e de departamento em greve, assim como o coordenador de curso e o chefe de departamento, o curso de História não iniciará o segundo semestre.

Docentes cobram orientação do CEPE

A primeira parte do documento aprovado na reunião, e que será entregue aos membros do CEPE na próxima quarta, é clara quanto ao pedido de adiamento do calendário acadêmico enquanto não forem resolvidas questões referentes ainda ao primeiro semestre. Algumas outras questões, contudo, seguem gerando dúvidas aos docentes enquanto o calendário for mantido. Um exemplo disso é a orientação do Departamento de Registro e Controle Acadêmico (DERCA), de que o período de reajustes será na próxima segunda-feira, 6.

Na data, contudo, os estudantes que forem até as secretarias dos cursos para ajustar suas matrículas, não conseguirão realizar o processo, visto que TAEs e docentes estão em greve. Dessa forma, uma segunda parte do documento que será entregue aos conselheiros da UFSM cobra justamente esclarecimentos. Independente do posicionamento do CEPE sobre o pedido de adiamento do calendário, os docentes exigem recomendações de como proceder sem ferir o direito legal que cada servidor possui de aderir à greve e paralisar suas atividades.

Greve deve crescer

Durante a reunião muitos foram os relatos, embora ainda não oficiais, que indicam o crescimento da adesão à greve no segundo semestre. Segundo alguns docentes afirmaram, em muitos casos ainda se esperava a conclusão do primeiro semestre para encerrar definitivamente as atividades e aderir ao movimento no próximo período, sem sequer iniciar as aulas.

Texto e foto: Rafael Balbueno
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM

SVG: camera Galeria de fotos na notícia

Carregando...

SVG: jornal Notícias Relacionadas

Seminário “Universidade que queremos” acontece nesta quinta, 25 de abril

SVG: calendario 24/04/2024
SVG: tag Sedufsm
Evento ocorre às 19h, no Auditório Flávio Schneider e terá a presença da professora Wrana Panizzi e do professor Renato Dagnino

Reunião entre docentes do EBTT e reitor da UFSM discute Ação Civil Pública sobre controle de frequência

SVG: calendario 23/04/2024
SVG: tag Sedufsm
Encontro debateu alternativas para atender às exigências do MPF e garantir equidade entre os(as) docentes

Sedufsm promove assembleia na segunda(22), para avaliar a adesão ou não à greve nacional

SVG: calendario 19/04/2024
SVG: tag Sedufsm
Com início às 8h30, a plenária acontece em dia de paralisação e de forma simultânea nos quatro campi da instituição

Veja todas as notícias