Notícia sobre falta de plano B para greve docente é alterada
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Atualizada em
03/08/12 13h00m
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Reclamações vieram da assessoria do MEC
A agência de notícias do governo federal, que havia divulgado notícia sobre o fato de o governo não ter um plano B para os docentes, caso esses permanecessem em greve, alterou o texto original da postagem. Publicada na última quinta-feira, 2, um dos trechos da nota assegurava: “[O secretário de Educação Superior do MEC] Amaro Lins e o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Marco Antônio de Oliveira, disseram que o governo não tem um plano B na hipótese de os docentes continuarem em greve após a assinatura do acordo com o Proifes [Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior], e que, neste caso, caberia ao Ministério do Planejamento e à AGU (Advocacia-Geral da União) decidir que medidas tomar.”
Menos de 1h após a publicação, contudo, o texto foi alterado, sendo extraída a frase que admitia a inexistência de um plano B e alterado o título. Na segunda versão da notícia, o enfoque dado foi o reconhecimento, por parte do Ministério da Educação (MEC), da legitimidade do Proifes para assinar o acordo. A alteração ocorreu devido à reclamação feita pela assessoria do ministério. Veja, na íntegra, as duas versões da notícia:
1ª versão
“MEC diz não ter plano B em caso de continuidade da greve dos professores
O secretário de Educação Superior do MEC (Ministério da Educação), Amaro Lins, disse hoje (2) que a pasta acredita no fim imediato da greve das universidades, institutos e centros tecnológicos federais. Lins defendeu a legitimidade da Proifes (Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior) para assinar a proposta apresentada pelo governo, que prevê reajustes de 25% a 40% para a categoria.
Amaro Lins e o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Marco Antônio de Oliveira, disseram que o governo não tem um “plano B” na hipótese de os docentes continuarem em greve após a assinatura do acordo com o Proifes, e que, neste caso, caberia ao Ministério do Planejamento e à AGU (Advocacia-Geral da União) decidir que medidas tomar.
“Nós não trabalhamos com esse cenário de continuação indefinida da greve”, disse Oliveira. Segundo ele, havia urgência em chegar ao fim das negociações. “O melhor para nós seria que os três sindicatos da mesa fossem favoráveis [à proposta]. Mas não significa que eles não possam aderir mais tarde. O governo tem por força de lei que enviar o Orçamento [ao Congresso Nacional] até o fim de agosto”.
O acordo com o Proifes será assinado hoje no Ministério do Planejamento e posteriormente encaminhado ao Congresso. O presidente do sindicato, Eduardo Rolim, disse acreditar no retorno gradual de todas as universidades às aulas. “O prazo para acordos salariais termina em agosto. Acredito que aos poucos a greve deve se encerrar, com uma retomada expontânea por parte dos professores”.
O Proifes representa 20 mil professores de um universo de 130 mil docentes do ensino superior e tecnológico. Destes, 5.222 responderam a uma consulta eletrônica sobre a proposta governamental feita pela entidade. O resultado mostrou que 3.854 (74%) eram favoráveis ao fim da paralisação e 1.322 (25,3%) contrários.
Em reunião na noite de ontem (1°), o Proifes aceitou a oferta do governo para pôr fim à greve, enquanto o Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) e o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) recusaram o acordo e prometeram endurecer a paralisação.
Agora, o retorno às aulas dependerá do que os professores votarem em assembleias nos próximos dias. Ligadas ao Proifes, a UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) decidiram aceitar a proposta do governo e o retorno às aulas será discutido em assembleia. Nas universidades onde o sindicato não tem representatividade, o movimento grevista pode prosseguir”.
2ª versão
“MEC diz que federação de professores tem legitimidade para assinar acordo
O secretário de Educação Superior do MEC (Ministério da Educação), Amaro Lins, disse hoje (2) que a pasta acredita no fim imediato da greve das universidades, institutos e centros tecnológicos federais. Lins defendeu a legitimidade da Proifes (Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior) para assinar a proposta apresentada pelo governo, que prevê reajustes de 25% a 40% para a categoria.
“Nós não trabalhamos com esse cenário de continuação indefinida da greve”, disse Oliveira. Segundo ele, havia urgência em chegar ao fim das negociações. “O melhor para nós seria que os três sindicatos da mesa fossem favoráveis [à proposta]. Mas não significa que eles não possam aderir mais tarde. O governo tem por força de lei que enviar o Orçamento [ao Congresso Nacional] até o fim de agosto”.
O acordo com o Proifes será assinado hoje no Ministério do Planejamento e posteriormente encaminhado ao Congresso. O presidente do sindicato, Eduardo Rolim, disse acreditar no retorno gradual de todas as universidades às aulas. “O prazo para acordos salariais termina em agosto. Acredito que aos poucos a greve deve se encerrar, com uma retomada expontânea por parte dos professores”.
O Proifes representa 20 mil professores de um universo de 130 mil docentes do ensino superior e tecnológico. Destes, 5.222 responderam a uma consulta eletrônica sobre a proposta governamental feita pela entidade. O resultado mostrou que 3.854 (74%) eram favoráveis ao fim da paralisação e 1.322 (25,3%) contrários.
Em reunião na noite de ontem (1°), o Proifes aceitou a oferta do governo para pôr fim à greve, enquanto o Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) e o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) recusaram o acordo e prometeram endurecer a paralisação.
Agora, o retorno às aulas dependerá do que os professores votarem em assembleias nos próximos dias. Ligadas ao Proifes, a UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) decidiram aceitar a proposta do governo e o retorno às aulas será discutido em assembleia. Nas universidades onde o sindicato não tem representatividade, o movimento grevista pode prosseguir”.
Fonte: UOL
Edição: Bruna Homrich (estagiária); Rafael Balbueno (Jornalista)
Foto: João Alberto Blog