Salário de doutor em federal em 2015 perde para USP hoje SVG: calendario Publicada em 07/08/12 19h38m
SVG: atualizacao Atualizada em 07/08/12 19h40m
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Proposta do governo tem pontos que ferem autonomia

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USP: professor doutor da instituição ganha mais hoje do que o proposto a doutor de federal em 2015

Em que o pese o fato de o governo se vangloriar com a proposta que apresentou aos docentes das federais em greve, o salário dos professores doutores com Dedicação Exclusiva (DE) em instituições federais será, em 2015, menor do que o pago atualmente nas universidades estaduais paulistas – USP, Unicamp e Unesp – se levado em conta os docentes com mesma titulação e regime de trabalho.

Hoje, as estaduais de São Paulo pagam R$ 8.715,12 para os professores doutores que ingressam nas instituições em regime de dedicação integral à docência e à pesquisa (40 horas). Nas federais, docentes nas mesmas condições recebem R$ 7.627,02 e ingressam na carreira como professor adjunto 1. Com a mudança na carreira proposta pelo governo federal, os professores doutores vão ingressar como professores assistentes e receber, em 2015, R$ 8.639,50.

Giorgio Ronano, professor de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC (UFABC), avalia que a proposta do governo apenas recompõe perdas salariais. “Não há nenhum aumento. E uma estrutura de progressão salarial lógica, sequer foi discutida”, opina. Ele defende a proposta de se estabelecer um piso e porcentagens de aumento para cada um dos níveis.

A carreira dos professores das universidades federais é atualmente dividida em classes auxiliar, assistente, adjunto e associado, cada uma com quatro níveis. O último nível é de professor titular, com ingresso por concurso público, totalizando em 17 níveis. A proposta do governo diminuiu os níveis para 13, reduzindo para dois os níveis nas classes iniciais: auxiliar e assistente. Essas etapas, no entanto, não existiam para os professores doutores. Para estes profissionais, a carreira aumentou de nove para 13 níveis.

“Com o salário inicial que o governo oferece realmente é uma perda”, avalia Virgínia Junqueira, presidente da Associação de Associação dos Docentes da Unifesp (Adunifesp). A professora destaca como positiva a redução total do número de níveis e a inclusão do cargo de professor titular na carreira (sem a necessidade de prestar concurso), mas critica a criação de grupos de trabalho para padronizar os critérios de promoção. “Não queremos isso de uma maneira centralizada, que não considera as especificidades dos locais. Nós temos critérios e processos internos. Isso fere a autonomia das universidades.”

As estaduais, normalmente, oferecem salários iniciais inferiores aos das federais. A UEM, com R$ 7.452,38, e a UEL, com R$ 7.040,00, estão próximas dos vencimentos dos professores federais. Já a UERJ, oferece R$ 5.497,00, de acordo com editais de concursos para professores. A PUC-SP e a PUC-RS se recusaram a informar os dados. A PUC-Rio alegou que não teria tempo hábil para fazê-lo.

Fonte: IG
Foto: veja.abril.com.br
Edição: Fritz R. Nunes (SEDUFSM)


 

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