CNG ANDES-SN critica tentativa de reprimir a greve
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Atualizada em
09/08/12 19h36m
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Documentos do MEC às reitorias tentam constranger categorias
Constranger os grevistas e acabar com o movimento legítimo de docentes e técnico-administrativos que atinge a maioria absoluta das Instituições Federais de Ensino (IFEs). Esse tem sido o objetivo das seguidas “orientações” que o governo, através do MEC, tem dado às reitorias, pressionando para que as administrações iniciem o segundo semestre letivo, desconsiderando a paralisação nas instituições, em curso desde o dia 17 de maio no caso de professores e, início de junho, no caso dos técnicos.
Para o Comando Nacional de Greve (CNG) do ANDES-SN, essa é “mais uma atitude patética do Ministério da Educação”, que demonstra estar de costas “ou fazer que não vê” o que está acontecendo nas IFE. “O governo forjou um impasse para tentar justificar a ruptura unilateral da Mesa de Negociação, apoiado por seu braço sindical, e agora parte para tentativa de intimidação/repressão ao movimento”, avalia o CNG do ANDES-SN.
De acordo com balanço preliminar do Comando Nacional, as assembleias gerais em todo o país estão repudiando as posições do governo, deliberando a continuidade e ampliação da greve.
Avalia também o CNG, que a ordem do MEC fere a autonomia das universidades para definir seus calendários acadêmicos. "Na maioria das instituições houve posicionamento dos Colegiados Superiores de suspender os calendários acadêmicos por causa da greve”, argumenta o CNG do ANDES-SN.
Na UFSM, em reunião ocorrida nesta quarta, a pedido dos Comandos Locais de Greve, o reitor Felipe Müller negou que a divulgação no site da instituição dos documentos do MEC pressionando para o reinício das aulas seja uma tomada de posição da Administração.
Segundo Müller, que desde o dia 1º de agosto integra a diretoria da Associação Nacional dos Reitores das Federais (Andifes) na condição de suplente da segunda vice-presidência, não é função da reitoria nem pautar greve ou mesmo pautar a não greve. Na tarde desta quarta, o reitor divulgou para as entidades um documento enviado à Sesu-MEC, a pedido dos comandos de greve, em que reconhece a legitimidade da greve e solicita a manutenção do processo de negociação.
Texto: Fritz R. Nunes com informações do ANDES-SN
Foto: Rafael Balbueno
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM