Marcha dos servidores ocupa a Esplanada dos Ministérios SVG: calendario Publicada em 15/08/12 19h10m
SVG: atualizacao Atualizada em 15/08/12 19h12m
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Cerca de 10mil grevistas participaram do ato na capital federal

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Manifestantes cobraram negociações efetivas por parte do governo

Cerca de 10 mil servidores voltaram a ocupar a Esplanada dos Ministérios nesta quarta-feira, 15, em Brasília. A Marcha em alguns momentos chegou a ocupar toda a extensão da avenida, com a participação da maioria das categorias do funcionalismo público que aderiram à greve. A coluna do CNG/ANDES-SN, com cerca de 300 professores, era uma das mais representativas da atividade. Ao som da banda “La furiosa”, formada por professores, os manifestantes cantavam marchinhas e diziam palavras de ordem exigindo a reabertura das negociações.

“A greve hoje em curso no serviço público federal e o tamanho dessa Marcha demonstram a indignação dos servidores com a intransigência do governo, que não dialoga com as categorias”, discursou a presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira. Além disso, Marinalva lembrou que, no caso dos docentes, a proposta do governo não dialogou com o que a base da categoria defendeu desde a deflagração da greve.

“Mesmo assim, ele assinou com uma entidade sem representatividade entre os docentes uma proposta que vai contra os princípios defendidos pelos professores”, declarou. A presidente do ANDES-SN disse ainda que a categoria continua em greve para que haja a reabertura das negociações e, dessa vez, um diálogo efetivo com a categoria.

Na sua segunda semana como delegado dos docentes em greve da UFSM, o professor Getúlio Lemos participou da Marcha desta quarta-feira. Ele classificou como uma grande manifestação, com bastante “contundência” nas críticas à postura intransigente do governo. Lemos ressaltou que a notícia de que a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, poderá se afastar do cargo para participar de campanha política em seu estado foi recebida com satisfação pelos grevistas.

Dividir para governar

Representando a Central Sindical e Popular – CSP – Conlutas, José Maria Almeida, levou a solidariedade da central aos servidores, denunciando o discurso oficial adotado pela presidente Dilma Roussef. Segundo Dilma, não é possível reajustar os salários dos servidores porque a economia precisa manter a empregabilidade dos trabalhadores da iniciativa privada. “O que ela deveria fazer era vincular o estímulo fiscal dado às empresas à garantia da estabilidade no emprego aos trabalhadores dos setores beneficiados”, defendeu Zé Maria.

O sindicalista denunciou ainda a prática do governo de reduzir o IPI, dando subsídios às grandes empresas, e com isso deixando de arrecadar o valor que poderia estar sendo investido nos serviços e nos servidores públicos. “Para os empresários e pagamento da dívida pública tem dinheiro, para os servidores não”, disse.

Indignação

Durante todo percurso, os participantes da coluna do ANDES-SN entoaram palavras de ordem e marchinhas, que eram acompanhadas pela banda “La furiosa”. Em um dos cantos, o professor Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Billy Graef, fazia a chamada das universidades presentes, questionando se os docentes foram recebidos pelo governo. Diante do “não”, todos respondiam em coro, “olha, olha, governo federal, governo federal, vai ter de negociar”.

Para o professor de música da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Aroldo Mauro, esse tipo de manifestação é importante porque mostra que com criatividade os professores estão declarando toda a indignação da categoria com a falta de negociação. “Estou na universidade há 15 anos e nunca vivi uma situação como a atual, com salários defasados e a falta de equipamentos para trabalharmos”, denunciou o professor.

A gaúcha Celeste Pereira, professora do curso de enfermagem da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) participou pela primeira vez de uma marcha dos servidores públicos na Esplanada. Celeste é taxativa ao reclamar da postura autoritária do governo. “Nós queremos negociar, mas até agora o governo não caminhou nesse sentido”, afirmou a professora. Os docentes da Ufpel realizaram assembleia na última terça-feira,14, e mais uma vez rejeitaram a proposta do governo, deliberando em seguida que o Comando Nacional de Greve deve continue insistindo na reabertura das negociações. A mesma postura foi defendida em assembleias de base por todo o país. 

Fonte e foto: ANDES-SN
Edição: Rafael Balbueno
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM 

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