Ato faz cortejo fúnebre da educação em Brasília Publicada em
Atualizada em 17/08/12 17h21m
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A Esplanada dos Ministérios sediou, na última quinta-feira, 16, um cortejo fúnebre realizado pelos docentes federais em greve. No ato, a categoria simbolizou, em frente ao Congresso Nacional, a morte e posterior ressurreição da educação pública. Além disso, os grevistas protocolaram uma carta à presidente Dilma Rousseff solicitando a retomada das negociações para que os pontos relativos a plano de carreira e condições de trabalho sejam contemplados. No documento, os professores lembram que, em campanha eleitoral, Dilma disse que “não se pode estabelecer com o professor uma relação de atrito quando esse pede melhores salários, recebê-lo com cassetete ou interromper o diálogo”. Para ler a carta na íntegra, clique no anexo ao fim da página.

O ato simbólico, que integrou a Jornada de Lutas dos servidores públicos federais, fechou duas pistas do eixo monumental e contou com manifestantes caracterizados de Dilma Rousseff, Miriam Belchior e Sergio Mendonça. Uma procissão de grevistas, munidos de cruzes que apresentavam as iniciais de todas as Instituições Federais de Ensino (Ifes), acompanhava os ‘representantes’ do governo, que carregavam o caixão. A educação, aparentemente enterrada, foi ressuscitada por docentes, técnico-administrativos em educação e estudantes.

No momento anterior ao enterro simbólico, vários representantes de entidades sindicais realizaram falas e saudaram a participação do mineiro espanhol, Jose Gonzalez Marin. No decorrer das falas, servidores em greve da Capes, CNPq e do Ministério de Ciência e Tecnologia somaram-se à manifestação.

Reunião

Após o enterro, os grevistas foram até o Palácio do Planalto e, após longa espera, uma comissão composta por representantes do ANDES-SN, dos Estudantes, do Sinasefe e da CSP-Conlutas, foi recebida pelo assessor de relações públicas da Secretaria-Geral da Presidência, Wlamir Martinez.

Martinez se comprometeu a encaminhar a carta ao ministro Gilberto Carvalho e à presidente, além de buscar contato com pessoas de dentro do Ministério da Educação (MEC) para otimizar o processo pela reabertura das negociações.

Fonte e fotos: ANDES-SN
Edição: Bruna Homrich (estagiária); Fritz Nunes (Jornalista)