EBSERH é barrada por Conselho Universitário da UFPR
Publicada em
30/08/12 18h59m
Atualizada em
30/08/12 18h59m
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Conselho avaliou que empresa fere autonomia da universidade
Enquanto na UFSM o processo para adesão à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) caminha a passos largos, na Universidade Federal do Paraná (UFPR) o projeto foi barrado por unanimidade no Conselho Universitário (Coun) da instituição. A deliberação ocorreu na manhã desta quinta-feira, 30, mesmo dia em que funcionários técnico-administrativos da UFPR e do Hospital das Clínicas de Curitiba paralisam as atividades como forma de demonstrar contrariedade à implantação da empresa.
O reitor da universidade, Zaki Abel Sobrinho, disse que os conselheiros realizaram uma análise detalhada da proposta. “A adesão total para nós não é interessante porque fere a autonomia da universidade. E essa apreciação não é apenas nossa, até hoje apenas 10 das 43 universidades federais aderiram à empresa, o que mostra que é preciso escolher outro cenário para resolver os problemas dos hospitais universitários”, afirmou Zaki.
O reitor explicou, também, o quadro de precarização do hospital universitário da UFPR, que hoje tem cerca de 100 leitos fechados por falta de pessoal, fazendo-se necessários aproximadamente 600 novos funcionários para recompor o quadro. Para Zaki , isso não seria alcançado com a implantação da empresa. “Rejeitada a Ebserh, vamos buscar, com lideranças do governo e com o MEC, outras formas de resolver isso”, anunciou o dirigente.
UFSM demonstra interesse em projeto
Segundo a assessoria de imprensa da Ebserh, a UFSM está entre as 11 universidades federais que manifestaram interesse em aderir à empresa pública de direito privado, já tendo até formalizado tal interesse com o envio de um ofício. Para setembro deste ano está prevista uma vistoria no Hospital Universitário (HUSM), de modo a qualificar o hospital em cinco aspectos: perfil assistencial, perfil acadêmico, infraestrutura, recursos humanos e perfil administrativo-financeiro.
A vistoria no HUSM será coordenada por duas equipes, sendo uma da UFSM e outra da Ebserh, além de ser acompanhada, também, pelas direção geral e administrativa do hospital e reitor e vice da instituição.
Tal movimentação, contudo, vem acompanhada de severas criticas por parte dos movimentos docente, estudantil e dos técnico-administrativos em educação (TAEs), que se colocam contrários à privatização do HUSM. “Mais uma vez, a nossa instituição está entre aquelas que abrem mão de sua autonomia, se curvando aos interesses do governo federal”, disse o presidente da Sedufsm e diretor do ANDES-SN, Rondon de Castro.
Fontes: Portal da Ufpr e Arquivo da Sedufsm
Foto:Sinditest
Edição: Bruna Homrich (estagiária); Rafael Balbueno (Jornalista)
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM