Assembleia estudantil encerra greve na UFSM SVG: calendario Publicada em 11/09/12 12h32m
SVG: atualizacao Atualizada em 11/09/12 13h22m
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Sedufsm invoca unidade entre os segmentos

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Os estudantes da UFSM, em greve desde o dia 30 de maio, deliberaram pela saída do movimento em assembleia realizada nesta segunda-feira, 10. Havia 70 estudantes presentes na assembleia e, desses, 36 votaram favoráveis à saída imediata, 16 favoráveis à saída unificada com os professores e 7 abstiveram-se. Primeiramente, foi realizada uma avaliação do processo de greve e, depois votados os dois encaminhamentos que foram apresentados: saída imediata ou saída unificada com os professores.

Docentes grevistas compareceram e, em sua fala, o presidente da Sedufsm e diretor do ANDES-SN, Rondon de Castro, invocou a unidade e solidariedade entre os segmentos da instituição. “Os docentes abriram mão de uma proposta de aumento salarial porque não é por isso que viemos lutando. Queremos melhores condições de trabalho e um plano de carreira, para que haja professores que atendam a todos os alunos, salas de aulas, técnico-administrativos para gerirem os laboratórios. Tudo isso diz respeito a vocês também. Queremos que vocês, estudantes, saiam conosco dessa greve”, defendeu Rondon.

O fato de a assembleia de deflagração da greve ter tido a presença de mais de 600 estudantes e a que encerrou o movimento paredista ter tido 70 foi sintomática de todo um processo, segundo a coordenadora do DCE-UFSM, Adriele Manjabosco. Para ela, a primeira assembleia ocorreu em um momento no qual o debate sobre educação estava em alta na universidade e diversas assembleias de cursos estavam ocorrendo, com algumas delas, a exemplo de Geografia e Terapia Ocupacional, já tendo deflagrado greve estudantil. Além disso, os estudantes do CESNORS já apresentavam indicativo de paralisação.

“O fato da assembleia estudantil de saída de greve ter pouca expressividade está diretamente ligado ao fato de estarmos em um momento onde a possibilidade de mobilizar os estudantes é oposta daquela em que esta foi deflagrada. Hoje não é possível realizar assembleias de cursos, visto que os estudantes não estão tendo aula, também não é possível realizar passadas em salas de aula, sendo estes os dois principais meios de mobilização. Outro fator a ser destacado é de que os estudantes da UFSM, em sua maioria, não são de Santa Maria, e por não haver aula, logicamente, passarão este período com os familiares e dificilmente retornariam para uma assembleia, até mesmo por falta de condições”, diz a estudante.

Pautas alcançadas

Na assembleia desta segunda foi apresentado um documento assinado pela reitoria da UFSM, em que havia o comprometimento em atender algumas reivindicações elencadas pelos estudantes no processo de greve. Serão atendidas às seguintes pautas: aumento do teto do benefício sócioeconômico a partir de 2013; internet nas CEUs em FW; RU para todos os estudantes aos sábados; reestruturação da internet na CEU 2; criação de bolsas-permanência no valor de 315 reais também para os estudantes da UDESSM; ajuda de custos para estudantes de cursos onde há custos elevados e Grupos de Trabalho entre estudantes e a Reitoria que estudem questões relativas a interdisciplinariedade e formação profissional. Adriele acredita que esses ganhos foram importantes e que não remetem ao DCE ou ao comando de greve, mas a todos os estudantes da universidade.

Texto: Bruna Homrich (estagiária)
Foto: Dce UFSM
Edição: Fritz Nunes (Jornalista)

 

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