Assembleia dos bancários de Santa Maria aprova greve SVG: calendario Publicada em 13/09/12 13h04m
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Reajuste e piso salarial estão entre as principais reivindicações

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Assembleia aprovou greve a partir do dia 18 e por tempo indeterminado

Em assembleia realizada nessa quarta-feira, 12, os bancários de Santa Maria e região aprovaram a deflagração de greve por tempo indeterminado a partir das 00h da próxima terça-feira, 18. As principais reivindicações da categoria são por reajuste salarial de 10,25% e piso salarial de R$ 2.416,38, valores não atendidos na proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que estimou o reajuste em 6%. A proposta da Fenaban, apresentada no dia 4 de setembro, representa um aumento real de apenas 0,58%, e levou o Comando Nacional a orientar pelo indicativo de greve. Estiveram presentes na assembleia dessa quarta, 123 bancários, sendo 120 favoráveis à greve e 3 abstenções. Na próxima segunda-feira, 17, os bancários voltam a se reunir, às 19h, na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), para definir os detalhes do primeiro dia de greve.

Segundo Alexandre Santos, secretário geral do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região, a intenção do movimento é pressionar a Fenaban no atendimento das pautas da categoria. Nesse cenário a greve é, conforme aponta o dirigente sindical, a ferramenta necessária de pressão frente ao impasse colocado nas negociações. “A Fenaban ainda não chamou para negociar, mas a Caixa, o Banrisul e o Banco do Brasil, só com o indicativo de greve, já chamaram. Eles geralmente seguem a Fenaban, claro, mas nada impede que eles negociem em separado. Com a pressão da greve é provável que a Fenaban chame para negociar já na semana que vem”, afirmou Santos.

Altos lucros dos bancos

Conforme ressaltam os bancários, enquanto, por um lado, os bancos se negam a atender as reivindicações dos trabalhadores, por outro acumulam altos índices de lucro. Em nota publicada no site do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região, é ressaltado que “os seis maiores bancos, que empregam mais de 90% da categoria, lucraram R$ 25,2 bilhões somente no primeiro semestre”. Mais adiante a nota ainda crítica que ao “negarem reajuste decente no piso, os bancos mais uma vez demonstram ganância excessiva e falta de respeito em relação àqueles que produzem os seus resultados fantásticos”.

A incoerência dos banqueiros também se apresenta no salário pago aos altos executivos, calculados em valores totalmente inversos ao arrocho oferecido aos bancários. Segundo a nota do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região, trata-se de “uma premiação àqueles encarregados de promover a redução de custos com enxugamentos de salário e emprego, de fixar as metas abusivas, incentivar o assédio moral e investir pouco em segurança”.

Piso brasileiro é um dos mais baixos

Segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o piso salarial dos bancários brasileiros é um dos mais baixos do continente. Enquanto no Uruguai os trabalhadores do setor ganham 1.090 dólares e na Argentina 1.200 dólares, no Brasil o piso dos bancários é de 681 dólares (R$ 1.400). Tal valor representa 58% do salário mínimo do Dieese, que é de R$ 2.416, e justamente o que está sendo reivindicado.

Outras reivindicações

Além do reajuste e do piso salarial, os bancário reivindicam, também, PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos; Plano de Cargos e salários para todos os bancários; elevação para R$ 622 os valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação, além da criação do 13º auxílio-refeição; mais contratações, proteção contra demissões imotivadas e fim da rotatividade; fim das metas abusivas e combate ao assédio moral; mais segurança e igualdade de oportunidades.

Fonte e foto: Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região
Edição: Rafael Balbueno
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM

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