Decisão do CEPE penaliza grevistas, avalia sindicato SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 19/09/12 12h47m
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Crítica se refere à decisão sobre calendários paralelos na UFSM

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Reunião do CEPE em que foi tomada decisão polêmica sobre calendários paralelos

A decisão tomada nesta segunda-feira, 17, em reunião extraordinária do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSM (CEPE), aprovando dois calendários na instituição, não agradou a todos os docentes, sendo que a voz corrente é de que, quem fez greve, será penalizado.

De forma sintética, o que os conselheiros aprovaram foi que para os cursos que ainda não concluíram as aulas do primeiro semestre, a reposição será feita a partir da carga horária pendente e a conclusão será em quatro semanas, com o segundo semestre iniciando em 15 de outubro e sendo concluído em 2 de março de 2013. Já para aqueles cursos que concluíram a carga horária do primeiro semestre, e que manifestarem interesse junto ao Departamento de Registro e Controle Acadêmico (Derca) até sexta, 21, o segundo semestre letivo já poderá ser iniciado na próxima segunda, 24, com a conclusão em 9 de fevereiro.

A decisão tomada ontem em relação aos calendários concomitante claramente dividiu os conselheiros, com o placar tendo sido de 25 votos favoráveis à proposta e 20 contrários. Os membros do Conselho já haviam se debruçado sobre essa questão na reunião do dia 10 de agosto. Na oportunidade, a possibilidade de reiniciar o segundo semestre para aqueles cursos em que não houve adesão à greve foi rejeitada por 31 votos contra 15. Essa decisão, contudo, sempre foi questionada, inclusive pelo próprio reitor da instituição, Felipe Müller, com a alegação de que as “excepcionalidades” precisariam ser avaliadas.

Para o presidente da SEDUFSM e 3º secretário do ANDES-SN, Rondon de Castro, a decisão tomada remete claramente a uma tentativa de punição aos grevistas. “Estão atingindo os professores que lutaram pelo bem comum. Aqueles professores com consciência darão aula, com toda a certeza, mas isso é um brinde aos professores que não levam o coletivo a sério, aqueles que levarão o calendário pensando apenas nas suas questões particulares”, afirmou Rondon. O presidente da SEDUFSM levanta questionamentos até mesmo quanto à legalidade da decisão do CEPE. “Foi uma irresponsabilidade fazerem isso, e cabe até estudo sobre a questão legal da situação”, avaliou.

Qualidade das aulas

A opinião de Rondon de Castro é compartilhada pelo membro do Comando Local de Mobilização (CLM) – antigo Comando Local de Greve – Adriano Figueiró, lotado no departamento de Geociências. Para o professor, mostra-se ainda muito preocupante a ausência de uma garantia quanto à qualidade da reposição das aulas. “Eu acho que esse calendário é a expressão do que a reitoria desejava. Um calendário que não garante qualidade nas atividades de ensino e, de alguma forma, é uma tentativa de punição ao movimento que se construiu dentro da universidade, porque ele desrespeita a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e considera apenas as cargas horárias mínimas. É um calendário burocrático que se respalda apenas nas exigências jurídicas do número de horas que devem ser repostas, mas desconsidera outro elemento também jurídico que é a LDB”, destacou Figueiró.

A preocupação com a qualidade da reposição das aulas também foi manifestada pela bancada estudantil no CEPE. José Luiz Zasso, do Diretório Central dos Estudantes (DCE), ressalta que houve uma tentativa, que acabou derrotada, de serem cinco semanas de recuperação. Por outro lado, os estudantes também insistiram que as chamadas “excepcionalidades” deveriam ser apreciadas no Conselho e não apenas no Derca, que foi o que acabou sendo aprovado pelos membros do órgão.

Evandro Dotto Dias, que é membro do Conselho e assessor de planejamento, controle e tecnologia do CEPE, garantiu em entrevista ao site da UFSM que o Derca tem condições de executar calendários paralelos. Contudo, faltou fazer uma consulta aos docentes se eles se acham em condições de pôr em prática calendários paralelos. E muitos já estão enviando questionamentos ao sindicato.

Texto: Rafael Balbueno com informações da UFSM
Foto: UFSM
Edição: Fritz R. Nunes
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM

 

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