Professor da UFSM paralisa e se reúne em assembleia SVG: calendario Publicada em 23/08/11 20h01m
SVG: atualizacao Atualizada em 23/08/11 20h02m
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Categoria avalia proposta do governo e indicativo de greve

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Conforme decisão aprovada em assembleia da semana passada, os professores da UFSM realizam uma paralisação de 24h nesta quarta, 24. O movimento segue orientação do ANDES - Sindicato Nacional e de entidades como a Coordenação Nacional de Servidores Federais (CNESF) e a central sindical CSP Conlutas, que convocaram para esta quarta um ‘dia nacional de lutas’, com manifestação em várias cidades do país, especialmente em Brasília.

Na UFSM, o sindicato docente (SEDUFSM) convocou assembleia para às 8h30min, no auditório Sérgio Pires (prédio 17 dos básicos). Na parte da tarde, os professores se somam aos técnico-administrativos em greve em uma marcha que sai do trevo da Avenida Dores até o centro de Santa Maria.

A plenária desta quarta avalia e se posiciona quanto à mais recente proposta apresentada pelo governo, através do ministério do Planejamento, na última sexta (19). Durante a reunião, foi confirmado que o governo oferecerá 4% de reajuste sobre a tabela de remuneração dos docentes do magistério superior e também da carreira dos professores do ensino técnico e tecnológico, a partir de março de 2012, com esse percentual incidindo não apenas sobre a incorporação da Gratificação por Exercício do Magistério Superior (Gemas), como também sobre a Retribuição por Titulação (RT).

Após a posição das assembleias de todo o país, o setor das federais do ANDES-SN se reúne quinta, 25, pela manhã, em Brasília, para fazer o balanço dessas deliberações e, às 14h, se encontra com representantes do ministério do Planejamento, para levar a posição nacional do sindicato. O governo alega que esse acordo, para valer em 2012, precisa ser assinado ainda esta semana.

Na assembleia desta quarta, os professores também avaliam o indicativo de greve encaminhado pela reunião do setor das federais do ANDES-SN. Desde a semana passada o indicativo para a greve foi aprovado em algumas universidades, sendo que algumas delas já estão em greve, como é o caso da Federal do Paraná e de Tocantins.

O presidente da SEDUFSM, Rondon de Castro, analisa que houve alguns avanços na negociação com o governo, como a questão da incorporação da Gemas. Entretanto, considerando que a receita da União tem batido sucessivos recordes de arrecadação, o percentual oferecido, que é de 4%, está aquém das expectativas, pois não cobre sequer as perdas inflacionárias deste ano.

“A estratégia do governo foi somente negociar faltando poucos dias para esgotar o prazo de envio legal de uma proposição salarial que possa ser incluída no orçamento. Isso nos coloca contra a parede. Todavia, cabe soberanamente à categoria dizer o que pensa de tudo isso, e que rumos devemos tomar: se aceitamos a proposta, por mais que não seja a ideal, ou se vamos à greve. Conclamamos os professores para que venham a assembleia. A hora é agora”, enfatiza Rondon.

Proposta do governo

O resumo da proposta apresentada pelo governo e que está sendo apreciado em assembleias de todo o país consiste nos seguintes pontos:

- Incorporação da Gratificação por Exercício do Magistério Superior (Gemas);

- Incorporação da Gratificação de Atividade Docente de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Gedbt);

- Correção de 4% na tabela para os docentes da carreira de ensino superior e da Ebtt, incidindo também sobre a RT, isto é, sobre todas as colunas da composição remuneratória, a partir de março de 2012;

- Compromisso de reconhecimento das perdas acumuladas pela categoria, que voltará a discussão na negociação do próximo ano;

- Compromisso com a reestruturação da carreira do constituindo grupo de trabalho, com prazo conclusivo até maio de 2012, além de oficinas para aprofundamento temático;

- Compromisso de promover equiparação remuneratória com C&T, atualizada.

Acompanhe em anexo, a análise do Departamento Intersindical de Estudos Estatísticos e Sócio-Econômicos (DIEESE) em relação à última proposta do governo, tanto no que se refere ao Magistério Superior quanto aos docentes da Ebtt.

Texto: Fritz R. Nunes
Foto:Mathias Rodrigues
Assessoria de Impr. da SEDUFSM

 

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