Milhares de funcionários públicos protestam na Itália
Publicada em
28/09/12 17h28m
Atualizada em
28/09/12 17h29m
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Servidores paralisam em meio à greve geral que sacode o país
Diversas manifestações ocorreram nesta sexta-feira, 28, na Itália. Cerca de 30 mil servidores públicos saíram às ruas para denunciar as medidas de austeridade que vêm sendo implementadas pelo governo do primeiro-ministro, Mario Monti. Além das manifestações, o país ainda vive uma greve geral, convocada pelas centrais sindicais, e que teve adesão por parte de médicos, funcionários públicos, trabalhadores de instituições estatais, universidades, pesquisas e conservatórios.
“Em toda Itália se tem um objetivo, o de mudar a lei sobre a spending review (gastos públicos) e por isso não pretendemos nem parar e nem se entregar. Continuaremos a nossa iniciativa porque estamos defendendo esse país”, disse a líder da central sindical Cgil, Susanna Camusso. Locais turísticos de Roma, como o Coliseu, o Fórum Romano e Palatino estão fechados em decorrência da greve.
Os servidores públicos mantêm severas críticas aos cortes nos gastos públicos e às reduções de pessoal, sinalizando para o governo que a estratégia utilizada para combater a recessão prejudica os trabalhadores do país, colocando em seus ombros o peso de uma dívida que não é sua.
“Pode-se perceber que os servidores públicos, em diversas partes do mundo, vêm sendo atacados. O atual governo brasileiro, a exemplo dos mais austeros governos europeus, adota medidas que beneficiam o capital internacional ao invés dos trabalhadores de seu país. Privatizam direitos e setores estratégicos de atendimento à população, enquanto destinam quase metade do orçamento para o pagamento da dívida pública”, avalia o presidente da Sedufsm e diretor do ANDES-SN, Rondon de Castro.
Fontes: Jornal do Brasil e G1
Foto: Bloomberg
Edição: Bruna Homrich (estagiária); Fritz Nunes (Jornalista)