Britânicos e italianos contra cortes sociais
Publicada em
22/10/12 16h18m
Atualizada em
22/10/12 16h27m
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Crise econômica se reflete nas prioridades do governo brasileiro
No último sábado, 20, as ruas de Londres e Roma receberam milhares de manifestantes, que protestavam contra as medidas de austeridade empreendidas pelos sucessivos governos. A justificativa para os cortes nas áreas sociais, como saúde e previdência, é a de é necessário conter a crise econômica que assola a Europa. As políticas de austeridade comandadas pelo Banco Central Europeu (BCE) e FMI a partir da crise econômica também têm identidade com a realidade atual do Brasil.
“As prioridades do governo brasileiro, como bem demonstrada na peça orçamentária, são o pagamento de juros aos bancos e não os investimentos nas áreas sociais. A própria intransigência do governo com os servidores públicos em greve mostrou que a crise econômica está presente e com força no país”, destaca o presidente da SEDUFSM e diretor do ANDES-SN, professor Rondon de Castro.
Durante a manifestação do último sábado, lideranças sindicais e militantes de esquerda, questionaram as políticas que vêm sendo implementadas no continente europeu. Para líderes como Brendan Barber, líder do Congresso de Sindicatos, o plano do governo britânico fracassou, prolongando, ainda mais, a recessão. “A austeridade não está funcionando. Está afetando os mais pobres e mais vulneráveis”, disse.
Em Londres, na última sexta, 19, um importante membro do governo do primeiro-ministro David Cameron renunciou após ser acusado de xingar um policial de “plebe”, o que se configura como um grande insulto classista. Ironizando a postura do governante, os manifestantes erguiam faixas que diziam “Sem corte” e “Plebe do mundo, uni-vos!”.
Itália
Protestos contra cortes de gastos também aconteceram em Roma, na Itália. Os manifestantes lotaram as ruas e raclamaram contra o crescente corte de postos de trabalho e o fechamento de fábricas. Durante o ato, pediam ao 1º ministro, Mario Monti, que se esforce mais para auxiliar os trabalhadores, que, há um ano, estão sendo negativamente afetados pela recessão.
Na Itália, o desemprego atingiu seu nível mais elevado desde que os registros mensais começaram a ser feitos, em 2004. O ponto de encontro foi a Basílica de São João, onde se liam faixas como “Vá embora, Monti”.
Fonte e foto: Vermelho
Edição: Fritz R. Nunes (SEDUFSM)