CNTE faz mobilização em defesa do piso do magistério Publicada em
Atualizada em 25/10/12 14h43m
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A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) convocou mobilizações em todo o país e os sindicatos filiados atenderam prontamente para fazer valer o direito dos educadores, como o respeito à Lei Nacional do Piso do Magistério, o cumprimento do 1/3 de hora atividade e a resposta contra a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) 4848, assinada pelos governadores do Rio Grande do Sul, Piauí, Roraima, Santa Catarina, Goiás e Mato Grosso do Sul, que pretendia colocar o INPC como único fator para o reajuste do Piso, algo que a CNTE jamais aceitou.

O presidente da SEDUFSM e diretor do ANDES-SN, professor Rondon de Castro, manifestou a solidariedade sindical à luta dos educadores. “É preciso pressionar os governos, em todos os níveis, a cumprir a lei do piso. E, aqueles que se negarem a cumprir, como é o caso do governador gaúcho, devem ser desmascarados perante a opinião pública”, acrescentou Rondon.

A primeira manifestação chamada pela Confederação aconteceu no Rio Grande do Sul, com a presença do presidente da entidade, Roberto Leão, no último dia 3 de outubro. Em Campo Grande, no MS, a mobilização organizada pela FETEMS, marcada para o dia 18 de outubro, levou às ruas da capital do estado mais de 20 mil trabalhadores e foi fundamental para reabrir a negociação com o governador André Puccinelli.

O processo de pressão da CNTE e da FETEMS resultou num acordo que conquistou importantes avanços para os educadores do MS e também no compromisso assinado por Puccinelli em manifestar perante o STF e o Congresso Nacional, imediatamente, seu desinteresse pela ADIN 4.848 e sua concordância com a aprovação da proposta de reajuste do piso articulada entre CNTE, Undime e Campanha Nacional pelo Direito à Educação. A campanha prevê a reposição da inflação pelo INPC e mais 50% equivalente ao crescimento das receitas do Fundeb, anualmente, proposta que tem a discordância, por exemplo, do Cpers Sindicato.

O SINTE-PI realizou manifestação nesta quarta, 23 de outubro, contra o governador Wilson Martins, que assinou a ADIN e conquistou a elevação do teto dos professores para R$ 2.500 e avançou em todos os outros pontos da negociação. No próximo dia 7 de novembro, o SINTE de Santa Catarina também realizará a sua mobilização nacional. No Rio Grande do Sul ainda não há manifestação do governador, Tarso Genro, sobre a questão da Adin.

Texto e ilustração: CNTE
Edição: Fritz R. Nunes (SEDUFSM)