Questão ambiental compõe agenda de lutas do ANDES SVG: calendario Publicada em 10/12/12 17h08m
SVG: atualizacao Atualizada em 10/12/12 17h12m
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Sindicato promoveu seminário para discutir avanços e limites

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Os prejuízos ambientais e sociais decorrentes da busca pelo desenvolvimento econômico vêm sendo temas de debates organizados pelo ANDES-SN, e, de acordo com a presidente do Sindicato, Marinalva Oliveira, tais questões deverão compor a agenda de lutas da entidade para o próximo ano. Um dos espaços que fomentou essa discussão foi o seminário “Desdobramentos da Rio+20 e Código Florestal Nacional”, organizado pelos grupos de trabalho de Política Agrária e Meio Ambiente (GT Pama) e de Ciência e Tecnologia (GT C&T) do ANDES. “Neste espaço, vamos conhecer mais dos ataques que estão feitos pelo capital sobre o meio ambiente para nos prepararmos melhor para a luta, que é ininterrupta”, esclareceu Marinalva.

O seminário, que ocorreu no último final de semana, dias 8 e 9, trouxe, para iniciar os debates, o presidente do Instituto de Desenvolvimento Ambiental (Ida), Luiz Mourão de Sá, e o diretor do Instituto de Biofilia, Felipe Amaral. A Sedufsm esteve representada por Jerônimo Tybusch, primeiro secretário da seção, que adiantou alguns encaminhamentos deliberados do evento, tais como: necessidade de trabalhos aplicados do GT Pama nas seções sindicais, trabalhar no sentido de envolver a política universitária com as temáticas ambientais e de ciência e tecnologia e, ainda, realizar ações específicas nos locais de conflito, atuando de forma integrada com os movimentos sociais.

Em sua exposição, Luiz Mourão explicou que há um descompasso entre o tempo econômico e o tempo biológico. Aliado a isso, ele explica que, desde 1980, a humanidade já ultrapassou a linha da biocapacidade que o planeta Terra tem condições de atender. A soma desses dois fatores tem gerado desastres naturais dos mais variados como tsunamis, terremotos, secas e furacões. Fazendo referência a uma pesquisa já realizada, Mourão diz que a economia mundial é controlada por 1.318 empresas, dado que auxilia a explicar os motivos da pouca capacidade de governança do Estado, que tem sua capacidade de intervenção reduzida. Para se contrapor a isso, o palestrante defendeu a ‘democracia ambiental’, consistindo numa maior transparência dos governos e baseando-se na gestão participativa e controle social. “Temos de aprofundar os mecanismos de participação”, disse, defendendo uma maior participação social nos conselhos.

Mourão ainda criticou a Rio+20, pois, para ele, a Conferência não dava voz ao povo, mas buscava apenas manter o sistema através da economia verde.

Economia verde

O segundo palestrante, Felipe Amaral, tratou das ‘Perspectivas da questão ambiental urbana e rural no Brasil’, trazendo bastante elementos da realidade de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul. Para o diretor, não há como dissociar a questão ambiental das lutas sociais, de modo que a busca por uma sociedade socialmente equilibrada deve vir acompanhada da mobilização pela justiça social. “Cada vez mais, a especulação imobiliária, que no Brasil foi acirrada com os grandes eventos e o programa Minha Casa Minha Vida, vai jogando as populações mais pobres para as periferias das grandes cidades, pressionando o meio ambiente e gerando conflitos” argumentou.

Já sobre a Rio+20, Amaral defendeu que, apesar de o evento não ter, de fato, compromisso social com o meio ambiente, a sociedade deveria ter se utilizado melhor do espaço para propagandear a pauta ambiental. O palestrante disse considerar a fragmentação das pautas um dos principais problemas do movimento ambientalista. “Não conseguimos fazer uma atuação conjunta”, conclui.

Fonte e fotos: ANDES-SN

Edição: Bruna Homrich (estagiária); Fritz Nunes (Jornalista)
 

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