Dirigente da CSP-Conlutas destaca algumas lutas para 2013
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Atualizada em
04/01/13 17h42m
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Campanha salarial e defesa de direitos estão na pauta central
A campanha salarial de 2013 e a luta em defesa dos direitos dos trabalhadores, como contra o Acordo Coletivo Especial (ACE) e pela anulação da reforma da previdência, devem nortear a luta dos trabalhadores em 2013. Paulo Barela, membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, traça um panorama dos principais desafios a serem enfrentados no ano que inicia.
Segundo o sindicalista, as negociações com o governo ainda não começaram, uma vez que o processo de 2012 foi fechado na metade do segundo semestre. Já os acordos firmados para 2013 são tidos como uma vitória para o militante se comparados ao último período, em que o governo conseguiu impor o congelamento salarial sobre a categoria e a subtração de direitos, com a criação da Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) e o Funpresp (Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal).
“É inegável que o governo foi derrotado em sua política de congelamento salarial ao ser obrigado, depois da poderosa greve geral do funcionalismo federal, a conceder R$ 12 bilhões/ano de reposição salarial até 2015, se considerarmos que em 2011 o aporte orçamentário para despesas de pessoal da União foi de 0% e em 2012 não passou de R$ 1,5 bi. Porém, as conquistas ficaram muito aquém das reivindicações da categoria e, no caso dos docentes das universidades federais e ensino médio federal, o governo Dilma/PT ‘estendeu uma mão e chicoteou com a outra’, impondo prejuízos significativos à carreira”, avaliou Barela.
Nesse contexto, a Campanha Salarial de 2013 deve exigir o cumprimento dos acordos do ano passado e a revisão dos pontos não contemplados. Porém, o enfrentamento tende a ser muito mais difícil na percepção do integrante da Conlutas, considerando que a crise mundial se acentua e as perspectivas negativas para o Brasil tendem a se confirmar. “O crescimento econômico, por exemplo, deve ficar em um patamar de 1% (PIB), projetando um ano de 2013 muito difícil para os capitalistas em nosso país, acompanhando a tendência da crise na Europa”, complementa.
Diante da lógica do governo Dilma continuar mexendo em direitos históricos básicos da classe trabalhadora, como as conquistas da previdência, das leis trabalhistas e do direito de greve e livre associação sindical, Barela enfatiza que o funcionalismo federal está pronto para a luta. “Nós acumulamos energia na última greve e desde já nos preparamos para mais uma batalha. Vamos para o enfrentamento em uma conjuntura difícil, mas sabedores de que não podemos admitir a retirada de direitos e, ao mesmo tempo, frente à crise econômica do capitalismo, exigir a preservação de nossas conquistas. A unidade construída em 2012 deve ser novamente testada em 2013”.
Para o dia 17 de abril já há a indicação de uma marcha que deve aglutinar os eixos de lutas. “O ACE é um elemento determinante na conjuntura, assim como a Campanha Nacional pela Anulação da Reforma da Previdência, deflagrada pelo Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Federais”, explica Barela. Além disso, a manifestação também será pelo fim do Fator Previdenciário e contra a Fórmula 85/95 que visa impor a combinação de tempo de contribuição e idade para a aposentadoria.
Fonte: Jornal Sindsef e site do CSP-Conlutas
Texto: Ana Paula Nogueira - interina
Foto: Arquivo CSP-Conlutas
Assessoria de Imprensa da Sedufsm