Pesquisa indica que MST é criminalizado na mídia SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 18/02/13 12h02m
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Relatório analisou 300 matérias divulgadas na imprensa

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O relatório ‘Vozes Silenciadas’, realizado com o auxílio da Fundação Friedrich Ebert e da Federação dos Trabalhadores em Radiodifusão e Televisão (Fitert), aponta para uma criminalização do Movimento Sem Terra (MST) por parte da mídia. A conclusão foi obtida a partir da análise de matérias publicadas nos jornais Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo e O Globo, além das revistas Veja, Época e Carta Capital e dos noticiários televisivos Jornal Nacional e Jornal da Record. Ao todo, foram cerca de 300 matéria analisadas.

Num período que foi de 10 de fevereiro a 17 de julho de 2010  – tempo de duração das investigações de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre o MST – o movimento, na maioria dos casos, não assumia um caráter central nas matérias e, quando era citado, retratavam-no como violento e davam pouca visibilidade às suas bandeiras. No espaço de tempo transcorrido, o tema predominante foram as eleições, com 97 inserções, e, numa diferença numérica expressiva, o Abril Vermelho aparece – período anual em que o movimento realiza manifestações e ocupações em lembrança aos mortos no Massacre de Eldorado de Carajás – com 42 inserções. As matérias que tematizaram a CPMI somaram 2,6% do total, correspondendo a oito matérias.

Mais um indicativo da tentativa de criminalização do MST pela mídia foram os termos ‘invasão’ e seus derivados, de modo que os militantes eram nomeados invasores. Ao todo, 192 termos negativos diferentes foram utilizados para rotular o movimento ou qualificar as ações empreendidas por esse. Também, outro indício que demonstra o tipo de cobertura realizada pelos veículos de comunicação acerca desse tema é a associação recorrente entre MST e violência, constatação que pode ser comprovada se analisarmos que 42,5% do total de matérias coloca o movimento como autor de atos violentos.

O tema eleições, que foi onde principalmente se concentrou a produção midiática no período de análise, não contemplou o MST, uma vez que esse apenas surgiu quando foi citado de forma negativa por dois candidatos do pleito nacional. O Movimento aparece em segundo lugar no ranking de fontes ouvidas (em primeiro lugar estão matérias que não ouvem nenhuma fonte). Porém, essa colocação representa apenas 57 ocorrências num universo de 301 matérias.

Veja o relatório completo aqui.

Fonte: Portal Vermelho
Edição: Bruna Homrich (estagiária); Fritz Nunes (Jornalista)
Ilustração: Clauber Sousa

 

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