Unidade do movimento pautou primeira noite do Congresso Publicada em
Atualizada em 06/03/13 01h10m
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A primeira noite do 32º Congresso do ANDES-SN, nesta segunda, 4, na cidade universitária da UFRJ, se estendeu com longos debates dentro da plenária do tema I “Movimento docente e conjuntura”, abordando temas como a greve, unidade dos trabalhadores e o fortalecimento da CSP-Conlutas. Relacionados a esse tema foram apresentados 11 textos, cujas colaborações partiram de diversas seções sindicais e da diretoria do Sindicato Nacional. O debate sobre os diversos pontos de vista, contudo, não chegou a esgotar todas as inscrições em função do tempo estipulado para a plenária.

A presidente do Andes-SN, Marinalva Oliveira, defendeu o texto 1 “Conjuntura e Movimento Docente”, da diretoria do Sindicato Nacional, que avaliou desde a conjuntura internacional até a nacional, ambas colocadas em um contexto da crise do capital. O Sindicato Nacional antevê muitas dificuldades para os trabalhadores na medida em que o governo Dilma tem feito uma opção em favor da proteção ao capital.

Um dos exemplos citados pela presidente do sindicato de que é possível enfrentar um governo, mesmo que com alta popularidade, é a unidade constituída pelos servidores públicos nas mobilizações e greves de 2012. Marinalva acha possível repetir essa experiência e, por essa ótica, ressaltou a importância de fortalecer a marcha a Brasília programada para 24 de abril.

Greve

No que se refere ao movimento grevista nas instituições federais em 2012, houve diferentes avaliações, todas expressadas durante a plenária. Enquanto alguns grupos de docentes, por meio de textos que compõem o Caderno de Textos (e seu Anexo) do 32º Congresso questionavam posições da direção do movimento grevista docente, diversas outras avaliações ressaltavam a vitória no campo político que a greve proporcionou: “Se não fosse assim, não teríamos maioria de novos professores nesse Congresso”, pontuou Marina Barbosa, 1ª secretária do Andes-SN.

Construção da CSP-Conlutas

Além da greve de 2012, outro ponto bastante discutido na plenária do Tema 1 disse respeito à construção da CSP-Conlutas como espaço para a luta contra as políticas do capital e retirada de direitos dos trabalhadores. Houve até grupos de professores saudosistas, que defenderam o retorno do Andes-SN à Central Única dos Trabalhadores (CUT) – ideia expressa, inclusive, em textos publicados no Caderno de Textos do 32º Congresso e em seu Anexo –, no entanto, a ampla maioria até então, na plenária, rechaçava o retorno à CUT, da qual o Andes se desfiliou em 2005, e enfatizaram a necessidade do fortalecimento e enraizamento da CSP-Conlutas no cenário nacional.

Ao contrário de algumas teses levantadas, de que na greve dos servidores públicos no ano passado, a CUT teria cumprido um papel importante, o entendimento da grande maioria que interviu na plenária é de que, longe disso, a Central Única dos Trabalhadores teria atuado de todas as formas, em suas bases, para fragilizar o movimento grevista.

Novas seções sindicais

Durante a plenária de instalação, na tarde desta segunda, 4, no 32º Congresso do ANDES-N, os cerca de 500 delegados aprovaram com aplausos a homologação de mais cinco seções sindicais da entidade. “Isso representa o fortalecimento do ANDES-SN junto à base e o reconhecimento do sindicato como legítimo representante dos docentes”, ressaltou Marinalva Oliveira, presidente do Sindicato Nacional.

De acordo com Marinalva, a participação orgânica dos professores no seu sindicato reflete também a política do ANDES-SN de voltar-se às bases, que vem sendo impressa como prioridade política das últimas gestões.
As novas seções sindicais do ANDES-SN são: Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual de Roraima, do Instituto Federal de São Paulo - Campus São João da Boa Vista e Região, Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual do Amapá, Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal da Fronteira Sul e Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual do Paraná.

Observação: nota corrigida no que se refere à continuidade do debate do tema 1 na plenária seguinte.

Texto: Fritz R. Nunes com as colaborações de Silvana Sá (ADUFR) e Renata Maffezoli (ANDES-SN)
Fotos: Fritz R. Nunes
Assessoria de Imprensa da Sedufsm