Delegados no 32º Congresso rejeitam criação do Insaes
Publicada em
08/03/13 14h59m
Atualizada em
08/03/13 15h05m
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Aprovada uma mobilização nacional contra a criação de Instituto
Durante a plenária do tema 3 sobre políticas sociais, na quinta pela manhã, os delegados do 32º Congresso do ANDES-SN aprovaram o texto de resolução (TR-10) que rejeita a criação, pelo governo, do Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior (Insaes). A principal objeção à criação do instituto, que foi oficializada pelo governo ainda durante a greve de 2012, é o fato de o mesmo ser designado a cumprir a função de agência reguladora na área de educação.
Além de rejeitar o Insaes, os congressistas também aprovaram que o tema deve ser discutido nas bases, especialmente as conseqüências dessa agência reguladora. Também foi encaminhado como deliberação a realização de uma mobilização nacional contra a criação do Instituto, dentro das universidades, promovendo atos, seminários, distribuição de panfletos, entre outras atividades.
No entendimento da professora Suze Scalcon, delegada pela Sedufsm no Congresso, é preciso que se leve em conta que a avaliação docente é necessária, mas que isso não é uma prerrogativa exclusiva do governo. Para Suze, o que seria necessário é discutir um projeto de avaliação em que tanto os professores como o governo pudessem debater em patamar de igualdade, e não em um processo de imposição.
PNE
Os participantes do 32º Congresso, na quinta pela manhã, também rejeitaram o TR-11, de autoria da Seção Sindical da USP (Adusp), que recomendava às seções sindicais que fizessem gestões junto aos senadores visando à votação favorável ao texto do Plano Nacional de Educação (PNE) que tenha em sua meta 20, a indicação de 10% do PIB para a educação pública, incluindo a previsão de meta intermediária, conforme o projeto aprovado na Câmara.
Para o professor e delegado da Adufrj, Roberto Leher, que argumentou contra a proposta da Adusp, a luta pelos 10% do PIB “já” precisa estar desatrelada da questão do projeto que tramita no Congresso tratando do PNE. Na avaliação de Leher, o PNE aprovado na Câmara é um retrocesso para os movimentos sociais e deve haver um esforço não apenas dos trabalhadores em educação, mas de todos trabalhadores, com o intuito de derrotar esse projeto.
Texto e foto: Fritz R. Nunes
Assessoria de Imprensa da Sedufsm