A luta dos oprimidos reunirá muitas vozes na praça
Publicada em
20/03/13 20h15m
Atualizada em
20/03/13 21h40m
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Cultura na Sedufsm apresenta “Gracias a la vida” nesta quinta
Quando os artistas subirem ao palco nesta quinta, às 19h, na praça Saldanha Marinho, para homenagear as mulheres com o show “Mulheres de luta - Gracias a la vida”, o projeto Cultura na Sedufsm estará completando 55 edições. E, mais uma vez, assim como no ano passado, a atividade referente ao Dia Internacional da Mulher vai para a praça, desta vez resgatando a obra de três mulheres que são ícones quando se refere à luta em defesa dos oprimidos e contra os regimes ditatoriais na América Latina: Mercedes Sosa (argentina), Violeta Parra (chilena) e Joan Baez (norte-americana).
O repertório, que foi organizado pelo músico Janu Uberti, inclui canções como “Gracias a la vida”, que abre o show e será interpretada por Tiane Tambara. Participam no total, oito músicos de Santa Maria, entre esses, Oristela Alves, já premiada na Califórnia da Canção Nativa, de Uruguaiana, e que teve o privilégio de ter cantado junto com Mercedes Sosa. Oristela dará voz a “Alfonsina y el mar”, num dueto com Renato Mirailh.
Outras canções que estarão em destaque no show: “Canción com todos”, que será interpretada por Laura Guarany, musicista e filha do célebre pajador, Noel Guarany; “Solo le pido a Diós”, com Daiane Diniz; “Años”, que terá o dueto de Tiane Tambara e Janu Uberti; “Corazón de estudiante”, na voz de Renato Miraihl; e “Volver a los 17”, que reunirá um quinteto: Oristela Alves, Janu Uberti, Gisele e Maninho e Renato Mirailh.
As três ícones
Mercedes Sosa, falecida em 2009, foi uma cantora argentina conhecida como a voz dos “sem voz”, identificada com o peronismo e que participou dos movimentos de oposição à ditadura militar argentina. Esteve várias vezes no Brasil e gravou com artistas consagrados, como Raimundo Fágner.
Violeta Parra é uma cantora chilena considerada a mais importante folclorista daquele país. Considerada a fundadora da música popular chilena, é autora de célebres canções como “Volver a los 17” e “Gracias a la vida”, esta última imortalizada tanto por Mercedes Sosa como por Joan Baez.
Já a norte-americana Joan Baez, que é a única viva entre as três, é uma cantora conhecida por seu estilo vocal distinto e opiniões políticas apresentadas abertamente. Notabilizada por canções como “Guantanamera”, “Don’t cry for me Argentina” e “Blowin in the wind”, Joan também é reconhecida por sua participação no festival de Woodstock, no final da década de 60, e por ter incentivado a carreira de Bob Dylan.
Texto: Fritz R. Nunes
Ilustração:J. Adams
Assessoria de Imprensa da Sedufsm