Deputados e centrais sindicais dão retorno à Fasubra
Publicada em
08/09/11 16h52m
Atualizada em
08/09/11 16h54m
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Governo diz que só vai negociar após o fim da greve
Os deputados Alice Portugal (PCdoB), Fátima Bezerra (PT) e Gilmar Machado (PT), além do diretor-executivo da CUT, Pedro Armengol, e dos representantes da Conlutas, Antônio Donizete, e da CTB, Mário Garafollo, participaram na terça (06), da reunião do Comando Nacional de Greve (CNG) da FASUBRA Sindical.
O objetivo foi repassar para o CNG os informes sobre as reuniões havidas com o Governo Federal, mais precisamente, com a Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento realizadas na semana passada e na segunda (5) acerca da reabertura das negociações para tratar da greve.
Em resumo, os deputados informaram que já utilizaram todo o poder de pressão para tornar possível o atendimento à pauta de reivindicações dos Técnico-Administrativos em Educação (TAE’s), mas que o governo não acena com uma proposta para 2012. “Para o Governo, reajuste com impacto na pauta econômica de 2012 está fora de cogitação”, afirmou a presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara, Fátima Bezerra, PT/RN. Segundo a parlamentar, o Governo, no entanto, disse haver disposição de retomar o diálogo, e estabelecer um protocolo de negociações, desde que a categoria suspenda a greve.
Alice Portugal, do PC do B/BA, reforçou os informes da colega de plenário e disse que diante dessa realidade é preciso que o comando analise o posicionamento do Governo. Criticou o projeto que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), e convocou a categoria a comparecer à reunião da Comissão Especial que estuda a criação da empresa que acontecerá na terça, dia 13.
Já o deputado Gilmar Machado, PT/MG, ficou encarregado de retirar as dúvidas apresentadas pelo Comando Nacional de Greve acerca da peça orçamentária (LOA). Segundo o parlamentar, há possibilidade de se alterar a peça orçamentária até 22 de dezembro, porém, qualquer impacto financeiro que venha decorrer de modificações só passaria a vigorar em janeiro de 2013.
Acerca das negociações com a SRH/MPOG, Pedro Armengol , diretor executivo da CUT, disse que toda a movimentação dos parlamentares e das centrais foi no sentido de intermediar o diálogo, que considerou a tentativa de judicializar a greve um “atestado de incompetência” emitido pelo governo a si próprio, e que as reuniões demonstraram que as negociações chegaram ao limite. “O único avanço percebido foi de que o secretário (Duvanier) afirmou que irá discutir a questão da FASUBRA para dentro do governo”, disse.
Antônio Donizete (Doni), da Conlutas, voltou a criticar a postura intransigente do Governo que decidiu não atender a categoria em greve; e Mário Garafolo, da CTB, alertou a categoria para os prazos de 2012, ressaltando que é ano de eleição e que por isso as negociações não devem ultrapassar o primeiro semestre.
Texto e foto: Fasubra Sindical
Edição: Fritz R. Nunes (SEDUFSM)