Kiss: vereadores da oposição vão pressionar CPI
Publicada em
28/03/13 16h39m
Atualizada em
28/03/13 16h53m
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Reunião da comissão, nesta quinta, não trouxe avanços
Os vereadores do bloco de oposição na Câmara de Vereadores de Santa Maria devem aumentar a pressão em cima dos componentes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que é presidida por Maria de Lourdes Castro (PMDB), tendo ainda como relatora, a vereadora Sandra Rebelato (PP) e como vice-presidente, Dr. Tavores (DEM). O líder da oposição, vereador Werner Rempel (PPL), que participou da reunião ao final da manhã desta quinta, juntamente com Daniel Diniz (PT) e Admar Pozzobom (PSDB), afirmou à Sedufsm que, no início da próxima semana, o bloco parlamentar deverá apresentar um ofício aos membros da comissão com as sugestões das próximas pessoas a serem ouvidas nas oitivas.
Nesta quinta, durante a reunião que foi antecipada para o final da manhã ao invés de ocorrer às 14h, sem que houvesse uma divulgação pública, a CPI em nada avançou. Conforme relato de José Luis Zasso e Alex Monaiar, da diretoria do DCE, os membros da comissão justificaram que, devido ao fato de não terem tido acesso oficialmente ao inquérito produzido pela polícia civil, preferiam não estabelecer as próximas convocações, o que deverá ocorrer somente na reunião ordinária da próxima quinta-feira. Os vereadores da comissão também teriam alegado que ofícios encaminhados a alguns órgãos não tinham sido respondidos.
Para o vereador Werner Rempel, a CPI não precisa ficar esperando o resultado do inquérito. Segundo ele, o trabalho dos vereadores é ir além, discutindo e investigando as correlações políticas em todo o processo que culminou na tragédia. “O objetivo da CPI deve ser de enriquecer o trabalho e não repetir o que foi investigado pelo inquérito policial”, argumenta o parlamentar.
Para Rondon de Castro, presidente da Sedufsm e integrante do Fórum de acompanhamento das investigações sobre a tragédia da Kiss, a sociedade espera uma resposta do poder Legislativo e, para isso, é preciso que o grupo componente da CPI se dedique no aprofundamento das questões, tendo em vista que o relatório da polícia já está pronto, e cabe agora aos vereadores mostrarem a sua parte.
Nathália Rozzini, estudante de Filosofia da UFSM, e integrante do grupo “Santa Maria, do luto à luta”, foi uma das pessoas que gostaria de ter participado da reunião da CPI nesta quinta, mas não pôde, devido à antecipação do horário, momento em que ela estava trabalhando em um projeto na universidade. Na noite de quarta, via rede social, ela já alertava e, ao mesmo tempo, protestava contra a mudança do horário da reunião da CPI.
O grupo do qual Nathália participa também já está convocando, via facebook, uma nova manifestação para domingo, 7 de abril, às 16h, na praça Saldanha Marinho. O mote da atividade é “Ministério Público, queremos justiça”. Após o encontro na praça haverá uma caminhada, a partir das 18h, até o prédio onde se localiza o Ministério Público Estadual. Em suas manifestações, o grupo se identifica como “apartidários” e usa frases como “Força Arigony” (referência ao delegado Marcelo Arigony, que coordenou o inquérito) e “Parabéns polícia civil”.
Texto: Fritz R. Nunes
Fotos: Assessoria de Imprensa da Câmara
Assessoria de Imprensa da Sedufsm