Sindicato elogia mobilização do Cpers Publicada em
Atualizada em 25/04/13 17h34m
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Durante a tarde desta quinta-feira, 25, bandeiras e cartazes ilustravam as denúncias que saíam do alto-falante - emprestado a inúmeras vozes na esquina do calçadão de Santa Maria. Eram os professores estaduais, organizados no Cpers-Sindicato, que, ao final de uma greve de três dias, reforçavam publicamente a precariedade das condições estruturais nas escolas, a desvalorização dos profissionais da educação pelos governos municipal, estadual e federal e a necessidade da organização coletiva para efetivar o enfrentamento necessário ao alcance das conquistas. A Sedufsm, através de seu presidente – também diretor do ANDES-SN – Rondon de Castro, esteve na manifestação, demonstrando um apoio fraternal à categoria em luta e falando às pessoas que passavam pelo centro da cidade sobre uma necessidade talvez há muito obscurecida: a da transformação social.

“Vivemos em sua sociedade cada vez mais egoísta, mais gananciosa. E nós, professores, sentimos isso na pele. Nenhum professor – seja na esfera municipal, estadual ou federal – pode dizer que se sente gratificado realmente, que se sente valorizado. Ontem (quarta-feira, 24) fomos a Brasília mostrar nossa indignação, em uma grande marcha que reuniu milhares de trabalhadores. Vocês voltarão para a sala de aula de cabeça erguida, certos de terem cumprido seu papel”, falava Rondon, em um círculo formado por dezenas de professores, alguns mais novos, outros já com anos de vivência no magistério.

O que saltava à vista, também, eram estudantes que foram para o centro acompanhando seus professores na manifestação e desconstruindo a ideia falha, e bastante propagada, que coloca professores na condição de irresponsáveis por deixarem alunos sem aula. Para os estudantes que lá estavam, alguns portando cartazes ou usando narizes de palhaço, certamente essa rivalidade foi desmascarada pela realidade cotidiana de precarização dos educadores.

Os professores reivindicam o cumprimento da lei nacional do piso, assinada pelo atual governador do estado, Tarso Genro, quando ainda era ministro da Justiça. Hoje, ele é um dos maiores entraves ao cumprimento da lei. Os manifestantes também destacavam a necessidade de defesa do plano de carreira da categoria, conquistado com muita mobilização e já tendo sofrido investidas das mais diversas que queriam seu desmonte. Além da situação geral das escolas da cidade, bastante debilitadas, outro ponto destacado pelos educadores foi a falta de Planos de Proteção e Prevenção Contra Incêndio na maioria das estruturas escolares.

Sinprosm

A semana na cidade está sendo de intensa mobilização pelas melhorias nas escolas e garantia de direitos aos educadores. Na terça-feira, 23, foi a vez do Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria (Sinprosm) promover uma manifestação na Câmara de Vereadores, utilizando o espaço da Tribuna Livre para reivindicar melhores condições de trabalho e reajustes salariais. O magistério municipal também realizou uma vigília na rua Alberto Pasqualini entre os dias 23 e 25 de abril. O objetivo era que a vigília ocorresse na praça Saldanha Marinho, o que não foi permitido pela Prefeitura.

Texto e fotos: Bruna Homrich (estagiária)
Edição: Fritz Nunes (Jornalista)
Assessoria de Imprensa da Sedufsm