Candidatos à reitoria querem debater democracia interna Publicada em
Atualizada em 26/04/13 18h54m
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Um dos temas bastante ressaltados pelos candidatos à reitoria da UFSM, Paulo Burmann e Paulo Bayard, na visita que fizeram à Sedufsm nesta quinta, pela manhã, foi o da democracia interna. Para Burmann, que é atual diretor do Centro de Ciências da Saúde, a gestão de uma universidade federal tem que estar disposta ao diálogo, sem que este se resuma apenas aos fóruns oficiais. “Entendemos que as decisões coletivas são sempre mais inteligentes”, destacou.

Os dois candidatos também se comprometeram a resgatar o tema da Estatuinte que, segundo Burmann, encontra-se engessado há muitos anos, em que pese o empenho das entidades representativas em tentar fazer um resgate desse tema. A respeito da Estatuinte, Bayard afirmou que não deve ser apenas uma bandeira levantada em época de campanha eleitoral.

No que se refere às relações internas na universidade, Paulo Burmann vê um desgaste, com falta de maior diálogo com os segmentos, ampliação da precarização do trabalho. “Acreditamos que o crescimento do espaço físico na instituição é importante, mas a centralidade da nossa gestão vai estar nas pessoas, na humanização da universidade”, declarou Burmann.

Expansão

Um dos temas que não foi esquecido se refere ao da expansão da universidade, processo acelerado a partir da aprovação do Reuni, pela UFSM, no final de 2007. Tanto Burmann como Bayard veem uma falta de planejamento na expansão. “O foco original do Reuni era para atender à demanda de mais cursos noturnos, oportunizando aos trabalhadores fazerem uma faculdade. No entanto, na prática, a universidade se expandiu com uma série de cursos, mas continua sem estrutura para atender cursos noturnos. O Reuni foi mal negociado e mal planejado”, comenta o diretor do CCS.

Em meio ao debate sobre a expansão, quando trazido o exemplo dos problemas enfrentados pela Unidade Descentralizada de Silveira Martins (UDESSM), Paulo Burmann volta a afirmar que não houve planejamento. “Faltam aos cursos uma identidade regional, e isso aconteceu porque não houve um planejamento, não houve um diagnóstico”, destacou ele. “Gostaria muito de estar errado sobre as previsões que fiz em relação ao Reuni, mas, infelizmente não. Eu tinha muita razão nas ponderações que fiz à época”, frisou Burmann.

EaD

Instalado a falar sobre a questão do Ensino a Distância (EaD), Burmann argumentou que não há como negar que essa modalidade de ensino é importante, auxiliando diferentes comunidades de pequenos municípios espalhados pelo estado e pelo país. Contudo, assinala, o EaD não pode ficar fechado num pequeno grupo. “Nós queremos o envolvimento da comunidade no debate sobre o EaD. O que existe hoje é um autoritarismo de gestão”, disse Burmann.

Em relação a esse tema, o candidato a vice, Paulo Bayard, que é docfente lotado no Centro de Ciências Rurais, considera que é preciso ser revista a forma como é gerido o Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE). Na concepção do professor, o NTE deve servir toda a universidade e não funcionar como uma espécie de apêndice do setor de EaD.

Na visita que os candidatos fizeram à Sedufsm nesta quinta pela manhã, foram recebidos pelo presidente, professor Rondon de Castro, e por dois outros diretores da entidade, professores Jerônimo Tybusch e José Luiz de Moura Filho. A terceira dupla de candidatos, que se lançaram até o momento, Eduardo Rizzatti e Thomé Lovato, comparecem à Sedufsm na próxima quinta, 9 de maio, às 8h30min.

Texto e foto: Fritz R. Nunes
Assessoria de Imprensa da Sedufsm