Reitor da Ufes recua após pressão de servidor contra Ebserh SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 15/05/13 16h19m
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Mobilização é essencial para garantir direitos, avalia a Sedufsm

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Força da greve fez o reitor da Ufes garantir a manutenção de direitos

Só a mobilização pode evitar que projetos como o da privatização dos hospitais universitários seja implementado na prática pelo governo, ou que os direitos dos funcionários não sejam respeitados pela empresa após a implantação, avalia o presidente da Sedufsm e diretor do ANDES-SN, Rondon de Castro. Na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), os servidores técnico-administrativos tiveram que paralisar para não serem atropelados pela nova forma de gestão.

A pressão contra as ameaças de perda de direitos de funcionários a partir da implantação da Ebserh surtiu efeito. Depois de uma greve de sete dias, com intensa participação dos trabalhadores do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam) contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, contra a privatização da saúde pública e em defesa dos direitos dos trabalhadores, houve conquistas importantes para a categoria.

Sob os olhares de um grupo expressivo de trabalhadores, o reitor da Ufes assinou o termo de acordo de greve, com alterações que garantem os direitos dos trabalhadores, e encaminhou o fim da paralisação no Hucam, em reunião realizada no prédio da administração da universidade, no campus de Goiabeiras em Vitória, na manhã de segunda-feira (13).

De posse do termo assinado pelo reitor, a categoria decidiu suspender o movimento paredista. Mas além da suspensão, os trabalhadores aprovaram o estado de greve permanente, na assembleia no Hucam, que aconteceu logo após reunião na Reitoria. Com isso, as atividades no hospital universitário foram reestabelecidas a partir das 7 horas desta terça-feira.

O termo de acordo garante a jornada de 30 horas para os técnico-administrativos no Hucam, a não subordinação dos trabalhadores (Ufes/Hucam) à Ebserh, sendo extensivo aos técnico-administrativos em estágio probatório; à opção individual e pessoal de remoção, entre outros.

O Comando Local de Greve destacou que não foi apenas uma luta contra a Ebserh. Foi também contra a própria gestão da universidade, que cometeu o equivoco de entregar o hospital universitário a uma empresa e não estava garantindo nem sequer os direitos dos trabalhadores da própria Ufes.

“Ainda não derrotamos a Ebserh, mas derrotamos a Reitoria, que assumiu o compromisso e recuou, pois o reitor não estava com o discurso da reunião de quinta (dia 09 de maio) passada. Ele viu que o movimento estava forte e que a greve iria continuar se ele não assinasse”, frisou o Comando Local de Greve no Hucam.

Greve só foi suspensa

A aprovação do estado permanente de greve é a prova de que os trabalhadores no Hucam estão unidos e vão seguir na luta contra a Ebserh e contra a privatização do Hucam. “Com esse termo, tiramos o trabalhador da forca da Ebserh, mas a qualquer pisada de bola da Reitoria com esse termo de acordo, a greve pode voltar. E vamos seguir fortes em defesa da saúde pública 100% SUS, pois mostramos que os técnico-administrativos no hospital entraram para valer nessa greve, deram um exemplo e estão de parabéns”, afirmou o Comando Local de Greve, que conduziu os trabalhos e as negociações durante o movimento paredista.

Direitos conquistados

- 30 horas para o Hucam;

- Não subordinação dos trabalhadores da Ufes lotados no Hucam à Ebserh: serão adotadas medidas eficazes para que os trabalhadores efetivos e em estágio probatório não sejam subordinados à gestão da Ebserh, no que tange aos direitos e deveres previstos no RJU e na Lei 11.091/2005 e nos decretos 5.707 e 5.825, ambos de 2006;

- Trabalhadores da Ufes lotados no Hucam não serão transferidos por critérios de conveniência e oportunidade, salvo se esta for a sua vontade;

- A Ufes manterá um posto de atendimento da Progepaes no campus de Maruípe, voltado para atendimento dos trabalhadores da Ufes lotados no Hucam;

- A Ufes terá poder disciplinar em relação a eventuais faltas funcionais cometidas por trabalhadores de seu quadro.

Texto: Fritz R. Nunes com informações do ANDES-SN e Sintufes
Foto: ANDES-SN
Assessoria de Imprensa da Sedufsm

 

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