Dia de lembrar os quatro meses da tragédia SVG: calendario Publicada em 27/05/13 16h46m
SVG: atualizacao Atualizada em 27/05/13 16h54m
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UFSM e praça central sediaram homenagens às 242 vítimas da Kiss

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Santa Maria viveu nesta segunda, 27 de maio, mais um dia de homenagens às 242 vítimas da tragédia da boate Kiss, que completou quatro meses. As atividades iniciaram pela manhã, no campus da UFSM, ao lado do planetário, onde entidades como o Movimento Girassóis de Camobi, Lions e Leo Club, Rotary de Santa Maria, instalaram 242 pequenos suportes de madeira com girassóis nas pontas para homenagear os mortos, sendo 138 deles estudantes da universidade. No início da tarde (13h30), nova homenagem, mas na praça Saldanha Marinho, com um minuto de barulho.

No evento da UFSM, um carro de som estacionado proporcionou manifestações religiosas e também do presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia em Santa Maria (AVTSM), Adherbal Ferreira, que falou do sentimento de perda que ainda resiste em espreitar o cotidiano dos familiares. “Todos nossos filhos foram juntos. Filhos perfumados, bem-vestidos, alegres, que deixamos em frente àquele local e não conseguimos mais buscar”, diz.

No ato realizado no largo do planetário estavam presentes reitor e vice-reitor da universidade – Felipe Müller e Dalvan Reinert -, vereadores, pró-reitores e diretores de centro, estudantes, professores e servidores técnico-administrativos. Após as falas, no carro de som, o músico de Santa Maria, Beto Pires, acompanhado de integrantes do grupo de percussão Cuíca, interpretou o hino não oficial da cidade: “Santa Maria”. Quem também contribuiu no ato desta manhã foi a cantora Ana Negrello, que atualmente mora em Santa Catarina e, em sua passagem pela cidade, foi até o local e cantou “Gracias a la vida”.

Além de pedir solidariedade, Adherbal Ferreira pediu respeito. Respeito pelas 242 vítimas, pelas cerca de 800 pessoas que sobreviveram e, ainda, por toda população da cidade. Em seu tom, a demonstração de contrariedade quanto à impunidade tão presente na justiça brasileira. “Vivemos uma escada que não tem fim, cada dia é um degrau”, diz, lembrando da situação vivida pelos jovens que ainda estão internados nos hospitais de Porto Alegre e, nos próximos anos, terão que conviver com resquícios da tragédia. “Parece que quando acontece algo que machuca, nos voltamos para a solidariedade. Todos têm esse sentimento, só que nem sempre está desperto”, fala o pai, informando que será construído um memorial na cidade.

Mobilização na praça

Na manifestação que ocorreu na praça Saldanha Marinho no início da tarde, um número maior de pessoas esteve presente. Além das palmas, balões foram jogados ao céu e algumas manifestações se deram através de um megafone. Faixas, banners, cartazes improvisados em cartolina deram o tom do ato que foi carregado de emoção. Além de integrantes da Associação de Familiares, outros grupos marcaram presença, como o “Movimento do Luto à Luta, meu partido é um coração partido”.

Além de puxar o ‘Pai Nosso’ e a ‘Ave Maria’, o presidente da Associação, Adherbal Ferreira, falou que o momento era de oração e que os pedidos por justiça ficariam para um momento posterior. Ainda nesta segunda, à noite, estava marcado um culto ecumênico na Basílica Nossa Senhora Medianeira.

Texto e fotos: Fritz R. Nunes e Bruna Homrich
Assessoria de Imprensa da Sedufsm

 

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