Servidores do Dnit preparam greve para 25 de junho
Publicada em
10/06/13 14h40m
Atualizada em
10/06/13 14h42m
170 Visualizações
Há cinco anos sem reajuste, categoria pressiona governo
Cerca de cinco anos de tentativas falhas de negociação com o governo federal levaram os servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) a deflagrarem greve a partir do próximo dia 25. A informação é da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef). Durante os cinco anos, os trabalhadores permaneceram sem reajuste salarial e, na greve do ano passado, ficaram entre as categorias que rejeitaram o acordo apresentado pelo governo, que garantia apenas a média de reajuste de 15,8% - divididos em três anos. Este ano, o governo apresentou uma metodologia, incluindo a realização de três reuniões, que foi acatada pelos servidores.
O dia 14 de maio marcou a primeira reunião, na qual a categoria apresentou sua pauta de reivindicações. Já no dia 27 de maio, na ocorrência da segunda reunião, o governo falhou com seu compromisso, pois deveria trazer um retorno sobre a pauta dos trabalhadores, mas não o fez. Alegando não estar autorizada a negociar reajustes diferentes do padrão de 15,8% em três anos, a Secretaria de Relações do Trabalho (SRT) pediu tempo para dialogar com outros segmentos do governo, solicitando, então, a repactuação de prazos para apresentação de respostas.
Uma terceira reunião deveria acontecer para buscar um consenso entre governo e trabalhadores. Os últimos, entretanto, avaliam que o processo mostra-se bastante lento e que a evolução das conversas não apontará para a resolução do impasse. Considerando esse o momento correto para buscar a pressão necessária ao atendimento das pautas, ainda que das mais urgentes, os trabalhadores decidiram, em assembleia realizada na última quarta-feira, 5, pela greve.
PAC
Com a paralisação dos servidores do Dnit, muitos projetos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) serão afetados. Para a Condsef, as grandes beneficiadas pelo Programa estão sendo as empreiteiras e as grandes empresas, enquanto o ônus do processo é carregado pelos trabalhadores, submetidos a condições inadequadas de trabalho.
Fonte: Condsef
Foto: Gazeta Digital
Edição: Bruna Homrich (estagiária); Fritz Nunes (Jornalista)