Críticas à expansão ganham reportagem na internet SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 11/06/13 17h48m
SVG: views 332 Visualizações

Portal UOL publica matérias com prós e contras ao Reuni

Alt da imagem
Aluna protesta contra as condições do curso de Medicina da UFRJ

Instituído por decreto presidencial no dia 25 de abril de 2007, o Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), promoveu a expansão do ensino superior. Até 2011, as Instituições Federais de Ensino aumentaram em 63,7% as vagas, porém sem infraestrutura necessária para contemplar o novo cenário das universidades. Um outro dado: se o Plano Nacional da Educação (PNE), que está em discussão no Senado, for aprovado, as federais precisaram criar 58,9 mil matrículas por ano até 2020. A forma como tem sido implantada essa política de expansão é reprovada pelo Andes-SN.

A situação das IFE’s vem gerando discussões e a imprensa está reportando os desdobramentos do Reuni e da expansão, que é criticada pela falta de planejamento, especialmente depois que o ANDES-SN divulgou o seu dossiê sobre a precarização, com um levantamento sobre as dificuldades de norte a sul do país, que incluem obras inacabadas, falta de salas de aula e laboratórios, além da carência de professores. O Portal UOL, na editoria de Educação publicou três matérias sobre o tema nesta segunda, 10 de junho.

Conforme uma das matérias divulgadas pelo site, para dar continuidade à ampliação da educação superior e atingir a meta estipulada pelo PNE será necessária, até 2020, a criação de 530 mil matrículas presenciais. Do ponto de vista do Ministério da Educação (MEC), as vagas são bem-vindas, pois cada vez mais estudantes serão oportunizados com o acesso a graduação. Porém, o que o aluno encontrará quando ingressar na faculdade é: falta de professores, laboratórios, bibliotecas, bem como obras inacabadas e campi improvisados.

A professora da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Kátia Lima, enfatiza: "Os concursos não estão suprindo a quantidade necessária de docentes (...) Estamos com salas de aula cheias; sem professores em número suficiente, sobrecarregados com atividades administrativas, na graduação, na pesquisa e na pós-graduação”.

De Norte a Sul do país há exemplos da insuficiência de professores, na Universidade Federal do Pampa (Unipampa), até fevereiro, foi contabilizado que alunos do campus da cidade de Uruguaiana estavam com 36 disciplinas sem docentes. Em Macaé, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o curso de medicina chegou a fechar o ingresso por falta de professores - há previsão para que seja reaberto ainda neste semestre.

Também professora da UFMA, Denise Bessa Leda, explica como o Reuni ocorre, desde 2007, do ponto de vista prático, "a lógica dessa política é: primeiro aumenta-se o número de vagas, depois se buscam 'soluções criativas', enquanto se aguarda a conclusão das intermináveis obras (muitas com denúncias de superfaturamento), assim como, a burocrática e racionada nomeação de servidores, técnicos e docentes", afirma Denise.

Em defesa, o MEC se posiciona: “Houve e há situações pontuais, em um programa da envergadura e da amplitude do Reuni, de obras que tenham sido abandonadas por uma empresa, que por morosidade da empresa, que por questões técnicas tenham atrasado. Mas isso felizmente aconteceu em um número muito pequeno [de universidades] e não chegou a colocar em xeque o programa como um todo. Os números no que diz respeito a vagas, a cursos e a matrículas são muito expressivos", Paulo Speller, secretário da educação superior do MEC.

Sindicato é contrário à maneira como o Reuni foi implementado

O Andes- SN como forma de esclarecer e também denunciar a expansão - que não priorizou a qualidade do ensino, elaborou uma revista chamada de ‘Dossiê Nacional 3’. A publicação traz à tona os problemas já citados, além de evidenciar que as práticas adotadas pelo Governo não respeitaram a autonomia das instituições, enfraquecendo o padrão do ensino público e gratuito.

O conteúdo da revista foi feito a partir dos relatórios produzidos pelos docentes nas Universidades, muitos deles elaborados durante a greve de 2012. Segundo o 1º vice-presidente do ANDES-SN, Luiz Henrique Schuch, o Sindicato optou por produzir e divulgar o material utilizando formato de revista para expor os problemas enfrentados pela comunidade acadêmica das IFE de forma mais direta e de fácil acesso.

A diretoria do Sindicato Nacional afirmou no editorial da publicação que está buscando um conjunto de forças para exercer pressão para que o Estado cumpra a obrigação de sustentar e expandir as universidades de forma democrática, defendendo-as como um bem social.

Para ler algumas das reportagens publicadas, acesse aqui, aqui ou aqui.

Fonte: UOL
Foto: blog do Centro Acadêmico de Medicina - UFRJ Macaé
Edição: Carina Carvalho (estagiária) e Fritz Nunes (Jornalista)
Assessoria de Imprensa da Sedufsm

SVG: camera Galeria de fotos na notícia

Carregando...

SVG: jornal Notícias Relacionadas

Sedufsm promove assembleia na segunda(22), para avaliar a adesão ou não à greve nacional

SVG: calendario 19/04/2024
SVG: tag Sedufsm
Com início às 8h30, a plenária acontece em dia de paralisação e de forma simultânea nos quatro campi da instituição

“O povo palestino tem direito à insurgência e à luta armada”, afirma Breno Altman

SVG: calendario 18/04/2024
SVG: tag Sedufsm
Em entrevista ao Ponto de Pauta, jornalista fala sobre conflito entre Israel e Palestina

Sedufsm participa da ‘Jornada de Lutas em Brasília’

SVG: calendario 18/04/2024
SVG: tag Sedufsm
Entre as atividades, houve audiência na Câmara dos Deputados e Marcha na capital federal

Veja todas as notícias