Sedufsm sedia reunião organizativa sobre manifestações
Publicada em
Atualizada em
17/06/13 18h59m
611 Visualizações
Atividades terão na pauta a questão da Kiss e outras bandeiras
A Seção Sindical dos Docentes da UFSM sediou a reunião que aconteceu na manhã desta segunda, 17, com a participação de sindicatos, entidades do movimento estudantil e social, além de familiares de vítimas da boate Kiss, com o objetivo de discutir um calendário de atividades conjuntas. Essas atividades buscam fortalecer a pauta da bandeira por justiça em função das 242 mortes a partir da tragédia do dia 27 de janeiro, fazendo cobrança de todos os envolvidos, desde os donos da boate até os órgãos públicos. A intenção é construir uma rede ampla de mobilização que construa outras pautas, como é o caso do transporte coletivo da cidade.
O presidente da Sedufsm, Rondon de Castro, que integra o Fórum de Acompanhamento das Investigações Sobre a Tragédia, destacou que há uma tendência de criticar as manifestações dos familiares dos atingidos pela tragédia, mas que a população não deve se contaminar por esse tipo de visão, que no fundo transforma as vítimas em criminosos para salvaguardar um sistema carcomido. Rondon também defendeu que o dia 27 de cada mês seja considerado uma data de reflexão na cidade, em que haja, sobretudo, respeito aos familiares.
Para a dirigente do Sindicato dos Professores Municipais, Leda Marzari, é necessário, a partir de fatos tristes como a tragédia da Kiss, ou a repressão em São Paulo contra o Movimento Passe Livre, um encadeamento de ações que levam à conscientização da sociedade sobre a necessidade de mudanças, e que esta passa essencialmente pela educação.
Jeferson Cavalheiro, professor estadual e da central sindical CSP-Conlutas, ressaltou a importância de se fazer um trabalho junto às escolas, grêmios estudantis, convencendo esses segmentos a participarem de uma luta que seja mais ampla, como vem acontecendo em capitais do país. Esse ponto de vista tem a aquiescência do Diretório Central de Estudantes (DCE), conforme enfatizou José Luiz Zasso. A entidade participa da organização de um evento sobre reivindicações do transporte coletivo da cidade que vem sendo chamado via redes sociais e deve acontecer no próximo sábado, 22, a partir das 10h, na praça Saldanha Marinho.
Matias Rempel, do Grupo de Apoio aos Povos Indígenas (Gapin), argumentou que a “rejeição” por parte de alguns segmentos aos atos coordenados pelo Movimento SM do Luto à Luta, como o trancamento de ruas e de rodovias, já é sentido há bastante tempo por entidades que apoiam a luta dos indígenas. Para Rempel, a luta, apesar das especificidades, deve ser unitária, pois os interesses, a busca de justiça e contra o descaso do Poder Público, atinge a todos.
Participaram da reunião desta segunda: Carina Correa, Marília Torres Ribeiro, Flávio José da Silva, Rodrigo Dias e Priscila dos Santos, todos do Movimento Santa Maria do Luto à Luta; Ladi Mayer e Leda Marzari, do Sinprosm; Dartagnan Agostini (Cpers); Jeferson Cavalheiro (CSP-Conlutas); Rondon de Castro (Sedufsm); José Luís Zasso (DCE), Fioravante Amaral (Assufsm) e Matias Rempel (Gapin). Uma nova reunião organizativa acontece nesta terça, 18, na sede da Sedufsm, às 18h30, que tratará da agenda de atividades, e entre essas, a manifestação do dia 22 de junho e a proposta de uma caminhada em 27 de junho, em conjunto com a Associação de Familiares de Vítimas e de Sobreviventes.
Texto e fotos: Fritz R. Nunes
Assessoria de Imprensa da Sedufsm