Entidades manifestam apoio aos protestos nacionais SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 18/06/13 22h47m
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Sedufsm avalia que há inconformidade com política neoliberal

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Milhares de manifestantes tomaram as ruas do Rio de Janeiro

A onda de protestos que vem ganhando as ruas do Brasil e gerando comoção nacional – além de visibilidade e demonstrações de solidariedade que extrapolam os limites do país – vem sendo composta por diversas entidades, dentre centrais sindicais, partidos políticos, movimentos sociais organizados e, ainda, pessoas independentes que vão às ruas por sentirem a contradição das relações de vida, cada vez mais precarizadas e encarecidas.

O professor de História da UFSM, Júlio Quevedo, que é vice-presidente da Sedufsm e membro da Regional RS do ANDES-SN, acredita que esse processo sinaliza uma onda revolucionária que está sendo, gradativamente, construída. “A população está protestando, posicionando-se e demonstrando o quanto está descontente com a atual política do estado neoliberal e dos seus governos, de diferentes partidos. É um momento em que os donos do poder devem reconhecer a eficácia do povo em movimento nas ruas, nas praças, nos lugares públicos. Apesar de ainda não existir um foco único, em breve, se os estados e os governos não souberem responder às manifestações, essas poderão se transformar em movimentos mais profundos. Entretanto, ainda que saibamos que os meios de comunicação tentem criminalizar o movimento, repudiamos atos de vandalismo e de depredação do patrimônio público”, destaca Quevedo.

Em seu site, a CSP-Conlutas do Rio de Janeiro exigiu da Prefeitura, do Governo Sérgio Cabral e do Governo Dilma a suspensão da repressão e da violência truculenta e criminosa. Para a Central – à qual o ANDES-SN é filiado -, o Estado vem cumprindo seu papel nefasto ao atuar com truculência contra a população que luta legitimamente. “Precisamos organizar todos os setores do movimento sindical, popular e estudantil para derrotar a intransigência dos governos do PMDB e do PT. Para barrar os abusivos aumentos das passagens, recompor os salários diante das perdas inflacionárias e conquistar um gatilho salarial mensal todas as vezes que a inflação for superior a 0,5% temos que seguir a luta”, diz o texto da entidade, que ainda cobra de Cabral a libertação de todos os manifestantes presos, o fim da criminalização da pobreza, dos movimentos sociais e o fim da privatização do estado. Também exige de Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, a estatização do serviço de transporte coletivo, que deve ser público, a imediata redução das tarifas e que seu valor não seja superior a um real para ônibus, trens, metrô e barcas.

Em uma nota escrita pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical (FS), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e pela Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), consta a consideração de que as manifestações são absolutamente legítimas e democráticas, ao passo que a virulência da violência policial com os manifestantes é inadmissível. “Sendo assim, as Centrais Sindicais que assinam esta nota manifestam seu apoio à luta contra os aumentos das passagens, contra a violência policial, pelo amplo direito de manifestação, pela criação de canais de diálogo e de negociação com a sociedade para, juntos, debatermos e encontrarmos saídas para o problema da mobilidade urbana, que tanto afeta a vida da classe trabalhadora”, diz o texto.

PSTU e PSOL

A direção estadual do PSTU em São Paulo também lançou um documento em que analisa ser a hora de unificar as lutas em um dia nacional contra o aumento da tarifa dos transportes urbanos e a repressão. Denunciando a entrega de R$ 6 bilhões por ano em subsídio às grandes empresas de transporte, feita pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, a direção estadual acredita que tais empresas financiam a candidatura do candidato petista. “Com o investimento de 2% do PIB em transporte é possível estatizar o sistema, garantindo um serviço de qualidade e gratuito! Por isso, o PSTU defende: estatização Já! Contra a privatização do metrô! Passe-livre para estudantes e desempregados já!”, diz o texto, que, ao lado do congelamento do preço das tarifas, defende a estagnação também do preço dos alimentos: “Nas ruas, o povo vem demonstrando que já não suporta mais o descaso com a educação e a saúde públicas, que estão abandonadas, enquanto se investe bilhões em estádios superfaturados para a Copa do Mundo. A inflação corrói os salários e os altos preços dos alimentos tiram comida da mesa do trabalhador. Por isso, devemos exigir de Dilma que congele os preços dos alimentos e das tarifas!”.

Outro partido a lançar nota em apoio às manifestações dos jovens e dos trabalhadores foi o PSOL, que analisa a contestação, iniciada com a juventude, como a

ponta do iceberg de uma imensa insatisfação coletiva. “Governantes da turma do ‘prende e arrebenta’ não entendem que a revolta causada por ficar até seis horas numa condução de péssima qualidade que consome um terço do salário é o motivo do apoio popular às manifestações [...] Ao mesmo tempo, a escalada de violência promovida pelas Polícias Militares, principalmente nos recentes protestos na capital paulista, demonstram que a política totalitária dos governos municipais e estaduais não convive com a divergência, a crítica e a contestação o que resulta na criminalização dos movimentos sociais e manifestantes, fato inadmissível numa sociedade democrática e que merece o repúdio do PSOL. Exigimos a libertação imediata de todos os presos”, diz o partido, que analisa ser possível, com um orçamento equilibrado e disposição política, avançar em medidas como o passe livre para estudantes e mesmo a tarifa zero.

PT e o apoio a Haddad

A executiva estadual do PT no estado de São Paulo, na contramão de todas as demais afirmações, manifestou total confiança no governo de Haddad, que, para os membros da executiva, ainda não teve tempo suficiente para pôr em prática seu programa de governo. “Ao autorizar o atual aumento do preço das passagens, o governo municipal ponderou sobre o impacto no orçamento dos usuários do sistema e não repassou integralmente a defasagem do período. O desenvolvimento do governo Haddad vai estabelecer mudanças no sistema de transporte da cidade democratizando o acesso. A Direção do PT do estado de São Paulo convoca toda a sua militância a trabalhar para a construção de espaços de diálogos, instituindo o ambiente democrático popular para a superação das contradições pautadas pelos movimentos sociais”, conclui o texto.

Texto: Bruna Homrich (estagiária), com informações de CSP-Conlutas; CUT; PSTU; PSOL e PT
Foto: Portal Terra
Edição: Fritz Nunes (Jornalista)
Assessoria de Imprensa da Sedufsm

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