Universidade Federal de Rondônia está paralisada
Publicada em
16/09/11 16h53m
Atualizada em
16/09/11 18h08m
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Precariedades na instituição uniram docentes e estudantes
Alegando ausência de condições mínimas de trabalho, bem-estar e segurança na Universidade Federal de Rondônia (UNIR), os professores da instituição decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A deliberação foi tomada em assembleia da Associação dos Docentes da UNIR (Adunir) – Seção Sindical do ANDES-SN, realizada na quarta (14), em Porto Velho (RO).
Os estudantes também aderiram à paralisação devido às condições precárias da universidade. No mesmo dia, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) realizou assembleia geral, na qual os alunos votaram pela deflagração da greve estudantil.
Em carta aberta à sociedade, os professores explicam que “as condições de trabalho na UNIR têm nos levado a uma condição de desânimo, insatisfação, vergonha, estresse, baixa estima etc.” e o descaso por parte da administração levaram os docentes à deliberarem pela paralisação das atividades.
“As condições existentes são tão precárias que chegamos a trazer água e papel higiênico de casa e a usar, para fins institucionais, nossos próprios meios de comunicação (celular, notebook, internet móvel etc.); não há salas de trabalhos para docentes; não há espaço para convivência ou mesmo acervo bibliográfico suficiente para a demanda atual”, alegam no documento.
Entre as reivindicações encaminhadas pelo Comando de Greve à reitoria estão a contratação de professores e contratação de técnico-administrativos e de laboratórios, implantação do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), transparência nas ações administrativas e prestação de contas sobre os recursos repassados para os projetos especiais como Reuni e Finep, dentre outros. (Veja em anexo a íntegra da pauta de reivindicações encaminhada ao reitor da UNIR).
Os professores pedem também que administração da universidade federal resolva questões de infraestrutura do campus, com a construção, por exemplo, de salas de trabalho equipadas, laboratórios didáticos, além de manutenção e melhoria das condições de limpeza, saneamento, segurança e dedetização.
Na carta aberta, os docentes solicitam “o apoio, a manifestação e participação da sociedade civil nas reivindicações, em prol de uma educação pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada, em Rondônia”. Nesta sexta, pela manhã, os docentes realizaram ato público em frente à reitoria.
Espírito Santo
Na manhã de quarta (14), professores, estudantes e técnico-administrativos da Universidade Federal do Espírito Santos (UFES) realizaram um ato em defesa da educação pública e por 10% do PIB para educação em frente à reitoria da Universidade Federal do Espírito Santo, em Goiabeiras (Vitória), no Espírito Santo. O ato foi convocado pela Associação dos Docentes da UFES - Seção Sindical do ANDES-SN para marcar o início da segunda rodada de negociações do Sindicato Nacional com o Ministério do Planejamento. A atividade também teve a participante de servidores vinculados ao Sinasefe.
De acordo com o presidente da Adufes, José Antônio da Rocha Pinto, além da carreira docente, os professores têm feito a luta contra diversas medidas do Governo Federal prejudiciais à educação pública. “O projeto que institui o regime de previdência complementar, acaba com a perspectiva de aposentadoria integral para os servidores públicos federais, por exemplo”, lembrou Rocha.
Texto e foto: ANDES-SN
Edição: Fritz R. Nunes (SEDUFSM)
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Documentos
- Pauta de reivindicações encaminhada à reitoria da Unir