Aumenta o número de ricos do planeta em 2012 SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 01/07/13 14h05m
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Professor da UFSM avalia dados do relatório da riqueza mundial

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Em 2012, percentual de ricos no mundo aumentou em 9,2%

Segundo o Relatório de Riqueza Mundial 2013, divulgado na última semana pela Capgemini e RBC Wealth Management, apenas no ano de 2012 um milhão de indivíduos adentraram a parcela considerada rica da população global. Tal parcela é denominada pela sigla HNWIs, que designa as pessoas com ativos disponíveis para investimento iguais ou superiores a um milhão de dólares, sem incluir a residência principal, acervos, bens de consumo e bens duráveis. Apenas ano passado, no mundo inteiro, alcançou-se a marca de 12 milhões de HNWIs, representando um aumento de 9,2% no número de ricos, o que aponta objetivamente para uma ampliação da concentração da renda, já que justamente os segmentos mais aquinhoados são os que mais facilmente recuperam as condições financeiras, mesmo após o advento de uma crise mundial.

Para o professor do departamento de Administração da UFSM, Daniel Coronel, alguns desses dados indicam também que, aos poucos, os efeitos da crise econômica mundial de 2008 - a maior crise no pós II Guerra Mundial – estão sendo atenuados. Os resultados apresentados, segundo o docente, estão correlacionados às políticas anticíclicas, de cunho hetedoroxo-keynesiano, que foram implantadas pelos governos das principais economias do mundo, visando evitar uma recessão.

Todas as regiões do mundo registraram forte aumento em termos de população e patrimônio pessoal elevado, contabilizando um crescimento médio de 10%. O estudo mostra que os bens dos indivíduos com patrimônio pessoal elevado disponível para investimento retomaram o crescimento no ano de 2012, alcançando o volume recorde de 46,2 trilhões de dólares, após o recuo de 1,7% analisado em 2011. O economista e professor da PUC-SP, Antonio Carlos Alves dos Santos, diz que o resultado era esperado pois, ao mesmo tempo que são inicialmente as maiores afetadas, essas pessoas, possuidoras de patrimônio pessoal elevado, também possuem as melhores condições de recuperar a perda, uma vez que recebem os melhores conselhos dentro do mercado financeiro.

Figurando como o maior mercado de HNWIs, com uma população de 3,73 milhões de ricos, a América do Norte apresentou uma soma de 12,7 trilhões de dólares em patrimônio pessoal elevado. Já o Brasil atingiu o décimo primeiro lugar em termos de população de HNWIs, com 165 mil em 2012, o que representou um aumento de 0,2%. O patrimônio total aumentou para quatro trilhões de dólares, uma expansão de 3,7% em relação ao ano anterior.

O resultado do estudo, diz o professor Santos, está relacionado ao fraco desempenho do PIB brasileiro no ano passado, além da influência da performance da América Latina. “Temos instabilidades políticas em países chave da América Latina, como a Argentina, além do nosso próprio crescimento, tivemos um PIB medíocre, isso influencia no aumento desse patrimônio.”

Desindustrialização

Daniel Coronel comenta também que, em nosso país, o baixo crescimento da “riqueza” está ligado às baixas taxas de investimento e aos elevados custos de logística e transportes, além do tímido crescimento do PIB. “Não obstante a isso, uma questão importante que se coloca aos governantes é sobre o precoce processo de desindustrialização pelo qual o país está passando, conforme apontam alguns indicadores de comércio e competitividade”, diz, explicando que a perda de participação do setor industrial na composição do PIB pode corroborar para a piora desses resultados.

A declaração do diretor do grupo RBC Wealth Management e RBC Insurance, M. George Lewi, é sintomática: "Os indivíduos com patrimônio pessoal elevado alcançaram um nível recorde de riqueza em 2012, sugerindo que há mais crescimento no futuro se a segurança e confiança nos mercados continuarem a aumentar".

Com a atual recuperação econômica projeta-se que o patrimônio dos HNWIs crescerá 6,5% por ano nos próximos três anos, em contraste com o modesto crescimento de 2,6%, observado desde a crise financeira de 2008. Prevê-se que o crescimento global será liderado pela região da Ásia-Pacífico, à taxa projetada de 9,8%, a um ritmo uma vez e meio maior que a média global.

Fonte: Portal Vermelho/Carta Capital
Foto: Google
Edição: Bruna Homrich (estagiária); Fritz Nunes (Jornalista)

 

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