Agenda privatista de Dilma não muda, apesar dos protestos
Publicada em
08/07/13 15h27m
Atualizada em
08/07/13 15h38m
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Auditoria Cidadã denuncia leilão de petróleo para pagar dívida
Mesmo depois de enfrentar protestos gigantescos no mês de junho, que ainda continuam ocorrendo, mas não de forma tão massiva, o governo da presidente Dilma Rousseff não faz inflexões na política econômica. Enquanto as vozes das ruas pedem saúde e educação de qualidade, transporte mais barato, entre outras bandeiras, a equipe econômica anuncia um corte de R$ 15 bilhões no orçamento. Essa secção, conforme denuncia a Auditoria Cidadã da Dívida, tem por objetivo garantir o “superávit primário” e assim repassar recursos para o pagamento da dívida, cujos beneficiários são uma minoria de especuladores.
O governo diz que os cortes não afetariam “serviços sociais”, alegando que serão cortadas despesas como “viagens e passagens, material permanente, serviço de terceiros, aluguéis”. Porém, tais cortes afetam, por exemplo, fiscalizações ambientais, trabalhistas, investigações policiais, e quaisquer outras atividades que demandem deslocamentos de servidores, argumenta a Auditoria Cidadã. Para o presidente da Sedufsm e diretor do ANDES-SN, Rondon de Castro, a medida mostra que a prioridade do governo não é o fortalecimento do Estado, mas sim, manter a máquina estatal a serviço de uma minoria.
A avidez por manter a meta de “superávit primário” vai mais além, conforme relata a Auditoria a partir de matéria publicada no jornal ‘Valor Econômico’. Segundo a notícia, o governo quer leiloar o campo de petróleo de Libra para conseguir mais R$ 15 bilhões, e assim ampliar ainda mais o “superávit”. Além do mais, entendendo que tal valor penalizaria demais as petroleiras, o governo pretende reduz o percentual do lucro da exploração do óleo que cabe à União, que receberia 40%, enquanto as multinacionais do petróleo poderiam ficar com 60%.
Apenas com estas duas medidas, o governo destina para a dívida pública R$ 30 bilhões, que poderiam servir para atender a outras demandas urgentes. Contudo, esse valor que será carreado à dívida servirão para pagar apenas cerca de 15 dias do questionável endividamento público brasileiro.
Texto: Fritz R. Nunes com informações da Auditoria Cidadã da Dívida
Foto:G1
Assessoria de Imprensa da Sedufsm