Show do 58° Conad homenageia lutadores SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 21/07/13 01h37m
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Três composições de Humberto Zanatta foram relembradas

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Professor Humberto Zanatta, diretor da Sedufsm, lembrou a censura sofrida por uma de suas letras

Na praça que é referência para os processos de mobilização na cidade, docentes dos mais diferentes estados apreciaram, no início de noite desta sexta-feira, 19, o show ‘Praça de lutas, Praça de cantos’. Com a proposta de relembrar alguns nomes importantes da música latino-americana que já haviam sido homenageados em outras ocasiões pela Sedufsm, o evento proporcionou aos participantes do 58° Conad um espaço de cultura e integração com Santa Maria. Por volta das 19h, Tiane Tambara subiu ao palco instalado na praça Saldanha Marinho, cantando ‘Gracias a la Vida’, canção que veio ao encontro do momento vivido pela cidade desde o dia em que perdeu 242 de seus jovens e, aos poucos, tenta recuperar a vivacidade.

Mas o repertório também contou com músicas locais, de autoria do diretor da Sedufsm, Humberto Gabbi Zanatta. ‘Não podemo se entregar pros home’, ‘América Latina’ e ‘Tropa de osso’ foram interpretadas por Junior Benaduce numa homenagem ao docente que, desde a juventude, traduz, para a forma de arte, os sentimentos de luta. “Sei que não mereço essa homenagem, mas quero dedicá-la a todos os professores e professoras, para que ensinem essa juventude que está demonstrando esperança na rua a demonstrarem na arte também. Que essa praça de lutas, praça de cantos, seja a praça da vida”, falou Zanatta, lembrando que a primeira música foi censurada no período em que o país viveu sob a égide dos militares.

O conjunto de músicos e intérpretes – formado por Gisele Guimarães, Maninho Pinheiro, Oristela Alves, Deborah Rosa, Tiane Tambara, Daiane Diniz e Janu Uberti, contando ainda com participação especial de Junior Benaduce – caiu nas graças dos docentes, que apesar do frio, não só acompanharam o espetáculo até o final, como pediram ‘bis’. Juliana Fiuza, professora de Serviço Social da UERJ, disse adorar Violeta Parra – um dos nomes rememorados no show. “Acho muito legal a gente viver a experiência da cidade, termos ido na boate, entendermos o raciocínio da cidade, e fazermos essa experiência junto. Acho que foi muito bonito, tanto a gente ter ido até lá levar os balões como estar aqui também permitindo que a cidade participe com a gente. As cantoras são maravilhosas, estão aprovadíssimas, assim como o repertório”, opina a Juliana.

Vindo da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), o professor Antonio Gonçalves Filho explica que, em seus eventos, o ANDES-SN sempre procura interagir com a população da cidade que recebe os professores, seja nos espaços políticos ou culturais. “Achamos que nesse momento estamos conseguindo conhecer um pouco mais da cidade, interagir com as pessoas, conhecer um pouco a cultura de Santa Maria, então esse show é importantíssimo para nós”, diz, também elogiando o repertório, considerado fantástico por ele, já que traz músicas que remetem à luta da classe trabalhadora. “Acho isso muito interessante porque nos anima, nos faz recordar toda a nossa trajetória, e quando a gente recorda a gente percebe que está no caminho certo. Nosso sindicato não luta simplesmente pela categoria docente, mas pela mudança da sociedade”, conclui.

Para Tiago Iwasawa Neves, professor da UFCG (Campina Grande), o momento é interessante pois promove a descontração e o encontro dos docentes. “É uma iniciativa muito positiva da Sedufsm, no sentido de fazer esse momento de confraternização entre as pessoas, já que passamos o dia inteiro discutindo política, conjuntura e encaminhamentos do sindicato para o segundo semestre em relação ao nosso plano de lutas”, avalia.

Prova de que o evento cumpriu seu objetivo – ou seja, de envolver a comunidade santa-mariense em atividades públicas de cunho cultural e político – foi o professor das escolas estaduais Manoel Ribas e Cilon Rosa, Gilmar Nunes. Ele, que já vem acompanhando outros espetáculos que a Sedufsm trouxe para a praça – como os que homenagearam Elis Regina e Clara Nunes – julga muito interessante a ideia de se resgatar músicas politicamente engajadas, que dialogam com a luta dos movimentos sociais. “Acho muito importante unir arte e luta, sempre gostei de poesia engajada”, comenta o educador.

Outra que destacou a importância do peso político contido nas letras das músicas foi a professora da UFT (Tocantins), Neila Nunes de Souza, que chamou de magnífico o evento que acontecia. “Sabemos que o acesso à cultura é tão restrito, e é isso que esperávamos para hoje, um espaço democrático, onde as pessoas pudessem vir e assistir”, e conclui: “A luta se faz com cultura também”.

Texto: Bruna Homrich (estagiária), com colaboração de Carina Carvalho (estagiária)
Foto: Carina Carvalho e Fritz R. Nunes (Jornalista)
Edição: Fritz R. Nunes
Assessoria de Imprensa da Sedufsm
 

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