Docentes no debate sobre previdência complementar
Publicada em
20/08/13 17h46m
Atualizada em
20/08/13 17h48m
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Professora UFRJ falou em evento do Sinasefe sobre Funpresp
A Funpresp (Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público) permite que o governo atue no mercado especulativo, por meio de compra de ações e títulos públicos. E, em função disso, como qualquer investimento, pode falir sem aviso. A informação é da professora Sara Granemann, da Escola de Serviço Social da UFRJ, que também milita junto ao movimento sindical docente. Ela esteve abordando o tema durante a 117ª Plenária do Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), no último sábado (17), em Brasília.
O alerta da professora foi feito tanto para os servidores da ativa e/ou aqueles que já possuem o direito de aposentadoria integral e, que, caso aceitem a indução do governo, estarão comprometendo o futuro numa previdência incerta. Isso porque esses fundos, que movimentam quase um trilhão ao ano, não são revertidos aos trabalhadores, muito menos para melhorias na educação e saúde pública. A pesquisadora em previdência destacou contundentemente que nenhum servidor público é obrigado a se vincular à Funpresp. Segundo ela, essa é uma nítida forma de exploração do trabalho.
O ANDES-SN lançou, ainda na primeira quinzena de agosto, materiais que visam esclarecer a categoria docente sobre os perigos a partir da adesão à Funpresp. Os materiais impressos já chegaram à Sedufsm e serão encaminhados ainda esta semana aos filiados. A jornada de lutas contra o Funpresp foi deliberada durante o 58º Conad, em Santa Maria, de 18 a 21 de julho.
Senado
Nesta terça, 20, a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) alertou para a necessidade de maior transparência e segurança nas aplicações financeiras das entidades de previdência complementar. OP pronunciamento da senadora ocorreu após comentar audiência pública realizada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), para discutir os problemas das aplicações de alto risco de fundos de previdência.
Na avaliação da senadora, os depoimentos colhidos durante a reunião, como o do diretor da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), João Maria Rabelo, revelaram de maneira clara que muitos dos participantes dos fundos complementares têm muitas dúvidas e informações escassas sobre o funcionamento dos mesmos e a segurança de suas aplicações.
A audiência pública foi proposta por Ana Amélia em razão dos prejuízos recentes das aplicações dos fundos de previdência complementar em ações de empresas do Grupo EBX, do empresário Eike Batista. De acordo com a senadora, o Fundo de Pensão do Banco do Brasil (Previ) acumulou perdas de mais de R$ 14 bilhões com aplicações nas empresas do empresário.
Fonte: Sinasefe e Agência Senado
Foto: Sinasefe
Edição: Fritz R. Nunes (Sedufsm)