‘Vivências’ resgata contribuição artística de professores Publicada em
Atualizada em 23/08/13 19h44m
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Uma exposição de 22 obras marcou a terceira edição do projeto ‘Vivências na Sedufsm’ no final da tarde desta quinta, 22, e sintetizou, nas palavras de Sandra Knackfuss, professora aposentada do Centro de Artes e Letras, décadas de trabalho de artistas na UFSM. “O que temos aqui é a síntese do trabalho do CAL em 50 anos”, ressaltou ela, após a abertura da atividade, que foi precedida pela fala do professor Humberto Gabbi Zanatta, a quem coube fazer a recepção, juntamente com o vice-presidente do sindicato, professor Julio Quevedo, e da professora Ester Wayne Nogueira, uma das mentoras do ‘Vivências’.

Sandra Knackfuss, que cedeu várias obras de seu acervo para a exposição, como as de Claudio Carriconde, um ícone artístico da UFSM, elogiou bastante a iniciativa do projeto da Sedufsm, lembrando que “a cidade (de Santa Maria) não abraça a causa dos artistas”. Ela enfatizou que, muitas vezes, são particulares, empresas, os setores que se sensibilizam e acabam patrocinando o trabalho de artistas locais. O marido de Sandra, professor Cyro Knackfuss, também docente da UFSM, reforça a ideia de que falta um maior apoio ao trabalho dos artistas. Segundo ele, até mesmo na própria universidade, há dificuldade em compreender a importância de iniciativas culturais.

Em sua intervenção, falando em nome da Sedufsm, Zanatta enfatizou a iniciativa como um momento importante, já que vivendo em um contexto em que os valores são considerados “líquidos” e que a arte é dita “descartável”, o sindicato procura demonstrar que é preciso mostrar a construção das coisas, a base da arte e da cultura a partir da contribuição dos artistas, especialmente daqueles que tiveram ou ainda têm vínculo com a UFSM.

O trabalho artístico foi representado na exposição por nomes como Silvestre Peciar Basiaco, Alphonsus Benetti, Máucio, Reinaldo Pedroso, todos eles com trajetória bastante engajada ao sindicato. Contribuiram também Ana Lúcia Oliveira, Vani Foletto, Regina Rigão, Lusa Aquistapasse, Marlene Noscosqui, José Francisco Goulart, Fátima Menezes de Mesquita, Juan Amoretti. Obras de artistas/professores já falecidos também foram resgatadas, a exemplo das produções de Claudio Carriconde, Wagner Dotto, Ivandira Dotto Saldanha e Clébio Sória.

O ‘Vivências’, que teve como tema “Educação pela arte- o legado docente para a cultura”, foi abrilhantado pela participação da acadêmica de Música da UFSM, Camille Foleto, e contou também com um momento de degustação de vinhos ‘Dom Roberto” e de queijos e salames. A iniciativa foi tão elogiada que a Sedufsm estuda a possibilidade de refazer a exposição das obras.

Educação

Para uma das decanas da área de Artes Visuais, a professora aposentada Fátima Mesquita, o tema “educação pela arte” é extremamente apropriado. Segundo ela, que exerceu a docência na UFSM entre 1970 e 1983, podemos nos educar pela arte para tudo na vida. O objetivo da educação pela arte não se resume a formar artistas, mas estimular a criatividade, a capacidade de criar, o que é útil para as mais diversas áreas, desde a engenharia até a medicina e as ciências rurais.

Texto: Fritz R. Nunes
Fotos: Bruna Homrich e Joel Venturini Homrich
Assessoria de Imprensa da Sedufsm