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SVG: atualizacao Atualizada em 27/09/13 16h02m
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Mobilização na quinta, 26, fez reitor recuar da adesão imediata

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Cerca de mil pessoas pressionaram e reitoria recuou na implantação imediata da Ebserh

O vigor da mobilização da comunidade universitária fez história nesta quinta-feira (26), na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A presença de quase mil estudantes, técnicos e professores no auditório do Centro de Tecnologia no campus do Fundão da universidade conseguiu arrancar da pauta do Conselho Universitário a deliberação sobre a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), como previa a convocação da reunião. Trata-se de uma vitória política diante de forças poderosas interessadas em transferir para a empresa a gestão de hospitais da rede da universidade.

Para o presidente da Sedufsm e diretor do ANDES-SN, professor Rondon de Castro, fatos recentes como descumprimento por parte da empresa em relação ao contratuado com alguns hospitais universitários deve servir de alerta sobre as falácias do governo. Rondon também avalia que a postura vitoriosa dos três segmentos da UFRJ deve servir de exemplo para a UFSM, onde, em breve, o Conselho Universitário deverá se pronunciar sobre adesão à Ebserh.

Diante da pressão da comunidade da UFRJ contra a empresa criada pelo Ministério da Educação (MEC), o reitor Carlos Levi recuou da agenda prevista e se disse favorável “a encaminhar solução mais consensual”. A massa de pessoas atraídas ao CT – há anos o auditório não recebia tanta gente – impressionou tanto que, ao encerrar a sessão, o reitor anunciou que chamaria interlocutores da comunidade em busca de solução que represente “o sentimento da maioria da UFRJ”. O colegiado desta quinta mostrou a capacidade de mobilização e a unidade dos três segmentos que dão vida àquela universidade.

A presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira, esteve presente à reunião. Convidada a falar, Marinalva fez um forte discurso contra o processo de sucateamento da Saúde e da Educação públicas. A presidente do ANDES-SN ressaltou que a Ebserh é um retrato claro de intervenção direta do capital sobre os serviços e que não é possível que uma universidade deixe sua autonomia ser afrontada dessa maneira.

"Não aceitamos o modelo gerencial do capital. Não aceitamos que nos tirem o desenvolvimento do conhecimento com qualidade. O ANDES-SN está presente porque o nosso modelo de universidade e de Educação tem garantida a autonomia universitária", afirmou.

Cautela

As palavras de Carlos Levi prometendo esforços em busca do diálogo foram recebidas com cautela pelo movimento. O reitor não deixou claro que descartará a proposta de contrato com a empresa. No curso desse exaustivo processo de discussão – no qual os movimentos têm procurado esclarecer e neutralizar a ameaça de se mercantilizar os hospitais universitários – a reitoria tem cedido a práticas autoritárias. E o custo não tem sido baixo, com a tentativa de se atropelar regimentos e estatuto e de dividir a UFRJ.

Plebiscito

Representações de várias universidades federais vieram acompanhar a reunião do conselho. A expectativa é grande pela importância da UFRJ, que abriga a maior rede de Hospitais Universitários do país. Logo, as decisões tomadas nessa universidade terão influência sobre outras instituições federais de ensino. No seio desse debate, surgiu com força o tema da democracia. E uma das propostas recorrentes em várias intervenções feitas no plenário da sessão foi a de realização de um plebiscito – se este for o caminho necessário para tornar mais incontestável ainda o repúdio da comunidade da UFRJ à Ebserh.

Fonte e foto: ANDES-SN
Edição: Fritz R. Nunes
Assessoria de Imprensa da Sedufsm

 

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