Greve bancária se fortalece em todo o país SVG: calendario Publicada em 29/09/11 14h53m
SVG: atualizacao Atualizada em 29/09/11 15h19m
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Em Santa Maria e região são 26 agências fechadas

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Paralisação já atinge bancos particulares em Santa Maria

A greve dos funcionários de agências bancárias entrou no seu terceiro dia, nesta quinta, com mais de 6 mil agências paralisadas em todo o Brasil, conforme o balanço da Contraf-CUT. O único estado fora da mobilização é Roraima, porém, em assembleia, a categoria definiu pela greve a partir do dia 3, próxima segunda.

Em Santa Maria e região, o movimento atingiu nesta quinta (29) o setor privado, com o fechamento de agências do banco Itaú. Segundo o balanço do sindicato local, 26 agências estão fechadas. No município, nenhum banco público tem atendimento normal, sendo que a paralisação é total nas agências da Caixa Econômica Federal e do Itaú.

No total, 15 unidades estão fechadas na cidade (cinco da Caixa, três do Banco do Brasil, quatro do Banrisul e três do Itaú), além de dois Postos de Atendimento Bancário (Pabs) do Banrisul. Já na região, onze agências estão sem atendimento (seis da Caixa, uma do Banco do Brasil e quatro do Banrisul).

Na última terça, 27, a Seção Sindical dos Docentes (SEDUFSM) enviou correspondência eletrônica à direção do Sindicato dos Bancários se solidarizando com o movimento paredista. Para o presidente, Rondon de Castro, a mobilização dos trabalhadores contra a exploração dos bancos é uma luta que não se resume à categoria específica, mas a toda sociedade, que hoje vive refém das altas taxas cobradas pelas instituições financeiras.

Os bancários entraram em greve por tempo indeterminado após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, ocorrida na última sexta, 23, em São Paulo, quando foi recusada pelos trabalhadores a proposta de reajuste de 8% sobre os salários. Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% (5% de aumento real), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, melhoria do atendimento aos clientes, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.

"Nossas reivindicações são justas e as empresas têm todas as condições de atendê-las, como mostram os altíssimos valores da remuneração dos diretores e conselheiros de administração dos bancos", destaca Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e do comando nacional de greve dos bancários. Segundo pesquisa do Dieese baseada nos balanços dos bancos, o conjunto dos altos executivos do Itaú recebeu R$ 683 milhões em 2010, enquanto os do Bradesco receberam R$ 298 milhões e os do Santander ficaram com R$ 207 milhões no ano.

"O Brasil é um dos países com maior diferença entre os salários. Aqui, um executivo de banco chega a ganhar 400 vezes a renda do piso de um bancário. É preciso modificar essa situação, que contribui para que mantenhamos uma vergonhosa posição entre as dez nações mais desiguais do mundo", sustenta o presidente da Contraf-CUT.

Helicópteros furam a greve em Curitiba

Para tentar evitar a paralisação total das suas atividades depois que os bancários iniciaram a greve nacional na terça (27), os bancos estão adotando estratégias que incluem transporte aéreo para os funcionários, a exemplo de anos anteriores.

Os moradores da região do Centro Administrativo do HSBC no Xaxim, bairro da região sul de Curitiba, já sabem que em dias de greve de bancários o vaivém de helicópteros é intenso. A assessoria de imprensa do HSBC afirma que o banco busca todas as formas necessárias para manter o funcionamento dos serviços, inclusive com o uso de helicópteros, como um "plano de contingência".

Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba, Otávio Dias, "é uma atitude antissindical dos bancos e é refutada pelo sindicato. Além de não respeitar o direito de greve, coloca a vida dos bancários em risco. Ano passado conseguimos suspender na Justiça o transporte aéreo e neste ano já solicitamos novamente".

Nem todas as medidas tomadas pelos bancos são tão visíveis. Uma funcionária de um banco da capital, que preferiu não se identificar, contou ao jornal Gazeta do Povo, de Curitiba, que os bancos montarem estruturas para tentar furar a greve. "Nós somos deslocados para postos de atendimento dentro de órgãos públicos, porque os sindicalistas não podem fechá-los. Além disso, vamos também para pontos de atendimento dentro de empresas e por vezes nos encontramos em hotéis da cidade para reuniões", afirma.

Há ainda informações, segundo o jornal, de que os funcionários de alguns bancos da capital são levados para "esconderijos", geralmente locais que não chamam a atenção dos dirigentes sindicais, ou têm os ramais do escritório direcionados para seus celulares, fazendo com que os trabalhos possam continuar de outros pontos. "É mais uma pressão sobre os trabalhadores, como se não bastassem o assédio moral e as metas do dia a dia. Isso só mostra a intransigência dos banqueiros", reclama Otávio.

Texto: Fritz R. Nunes com informações do Sindicato dos Bancários de Santa Maria, site da Contraf-CUT e Gazeta do Povo.
Foto: Maiquel Rosauro e Gazeta do Povo
Assessoria de Impr. da SEDUFSM

 

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