Polícia do Ceará agride professores estaduais
Publicada em
29/09/11 15h04m
Atualizada em
29/09/11 15h28m
1858 Visualizações
Docentes em greve protestavam contra reajuste insuficiente
Professores estaduais do Ceará, em greve há 54 dias, foram duramente agredidos hoje pela polícia ao tentar entrar no plenário da Assembleia Legislativa. A intenção dos docentes era impedir a votação da proposta de piso salarial feita pelo governador Cid Gomes (PSB). Com os professores do lado de fora, os deputados aprovaram o projeto que reajusta o salário da categoria abaixo da Lei do Piso Nacional.
Revoltados com a proposta do governo estadual, que não reajusta o salário mínimo de professores com ensino médio para R$ 1180,00 – com prevê a lei – os docentes estão acampados no prédio da Assembleia do Ceará desde ontem (28). Em resposta à greve, que já dura quase dois meses, o governador havia enviado a proposta de reajuste ao legislativo em regime de urgência.
Hoje pela manhã, quando se iniciou a sessão, cerca de 300 professores foram impedidos de entrar, pela polícia e por funcionários da casa. Os protestos se intensificaram e alguns professores conseguiram romper a barreira policial, porém foram agredidos pelo Batalhão de Choque. Segundo o vice-presidente do sindicato da categoria (APEOC), Reginaldo Pinheiro, “vários professores ficaram feridos e sangrando”.
Na sessão, sem a presença dos manifestantes, a proposta de Cid Gomes foi aprovada. Quatro deputados votaram contra a aprovação da matéria: Eliane Novais (PSB), Heitor Férrer (PDT), Augustinho Moreira (PV) e Roberto Mesquita (PV). A deputada Eliane Novais disse que o Governo agiu de forma truculenta ao acionar o Batalhão de Choque. “É uma forma truculenta de lidar com os professores”, afirmou.
Texto: Mathias Rodrigues (estagiário) com informações de G1 e TV Verdes Mares
Foto: Blog do Eliomar
Edição: Fritz R. Nunes
Ass. de Imprensa da SEDUFSM